Na semana passada tanto a Polónia como a Roménia denunciaram a invasão do seu espaço por drones russos. O ministro de Defesa Nacional, Nuno Melo, confirmou que Portugal vai participar na operação ‘Sentinela de Leste’, da NATO, que visa reforçar a defesa do flanco oriental, dentro daquilo que é o contexto de “decisão dos aliados” e de acordo com as suas “possibilidades operacionais”.
O ministro da Defesa Nacional, Nuno Melo, considerou que “não se deve reagir” emocionalmente ao “incidente” russo que aconteceu na Polónia, na semana passada, durante a cerimónia de entrega do comando da EUROMARFOR ao Vice-almirante Salvado de Figueiredo. O governante diz que a sua posição vai no sentido de um clima de paz evitando-se a escalada do conflito e apelou a que a Europa seja o “adulto na sala”.
Na semana passada tanto a Polónia como a Roménia denunciaram a invasão do seu espaço por drones russos como forma de atacar a Ucrânia. Sobre o sucedido Nuno Melo referiu que o episódio “não foi bom”.
Na sequência da invasão do espaço aéreo polaco pela Rússia a NATO acabou por anunciar, na semana passada, a operação ‘Sentinela de Leste’, que tem como propósito reforçar a defesa do flanco oriental. Sobre isso Nuno Melo referiu que Portugal “está fortemente empenhado” onde esteja presente no âmbito das suas obrigações perante a NATO e a União Europeia, “ao serviço da liberdade e da paz”.
Relativamente à presença de Portugal na operação ‘Sentinela de Leste’, Nuno Melo disse que Portugal vai também participar dentro daquilo que é o contexto de “decisão dos aliados” e de acordo com as suas “possibilidades operacionais”.
Nuno Melo disse ainda que se quer “conter” os conflitos militares e “não escalar” esses mesmos conflitos, procurando soluções que acabem em cenário de paz.
“Não devemos reagir emocionalmente aquilo que deves ser muito racionalmente avaliado. […] A NATO está preparada para defender o seu território. Mas não devemos inflamar aquilo que é obviamente imprudente e que é perigoso, […] em manifestações que podem resultar em escaladas que ninguém deseja. Devemos ser o adulto dentro da sala”, considerou Nuno Melo.
Nuno Melo adiantou também que existiram avanços no âmbito da Task Force que foi criado no âmbito do Protocolo de colaboração entre o Ministério da Defesa Nacional e a Ordem dos Advogados que tinha como objetivo concluir, num prazo entre 30 a 60 dias, a atribuição da condição de Deficiente das Forças Armadas atualmente pendentes na Direção Geral de Recursos da Defesa Nacional.
O governante salientou que processos que já tinham entre quatro a seis anos passaram a ser decididos em 60 dias, confirmando que perto de 200 processos já foram concluídos.
E relativamente a processos que estão pendentes, e que dizem respeito a antigos combatentes, Nuno Melo disse que de 430 mil processos 419 mil já foram decididos e que 11 mil estão a ser apreciados.