Foi “preso no aeroporto de Batumi (cidade do Mar Negro) a pedido da Interpol”, disse o porta-voz do Ministério do Interior, Tato Kuchava, à AFP, sem dar mais detalhes.

Simon Leviev, de 34 anos, cujo nome verdadeiro é Shimon Yehuda Hayut, ganhou notoriedade depois de reportagens de investigação terem exposto um padrão de fraude romântica e crimes financeiros.

Entre 2017 e 2019, Leviev usou supostamente a aplicação de namoro Tinder para se passar por um herdeiro rico e enganar mulheres para que lhe adiantassem grandes somas de dinheiro, que nunca devolveu.

O esquema tornou-se um dos exemplos mais notórios de “catfishing” – criação de uma falsa identidade online para atrair vítimas para envolvimentos emocionais e financeiros.

No caso de Leviev, o golpe elaborado envolvia falsos estilos de vida luxuosos, guarda-costas e jatos particulares, tornando o golpe excecionalmente convincente e caro.

O documentário da Netflix, lançado em 2022, contou as histórias de várias das suas supostas vítimas. Hayut terá burlado “vítimas na Noruega, Finlândia e Suécia num valor estimado de 10 milhões de dólares” (8,5 milhões de euros).