O Euro NCAP identificou falhas graves na segunda geração do MG3 durante os testes de colisão. Perceba o que está em causa.
Se outrora o lema da MG era “Segurança Primeiro”, a segunda geração do MG3, lançada em meados de 2024, deixou algumas dúvidas sobre essa promessa. O Euro NCAP detetou “falhas fundamentais” que considera graves durante os testes de colisão.
Em causa, está uma falha no mecanismo de fixação do banco do condutor. Durante o teste de colisão frontal, o banco não se manteve firme na posição correta, inclinando-se ligeiramente para o lado. Isto fez com que o impacto sobre a perna direita do manequim (que simula o condutor) fosse mais intenso. A proteção foi considerada fraca.
Trata-se da primeira vez que uma falha deste género é registada pelo Euro NCAP desde o início das suas avaliações, em 1997.
“É preocupante encontrar um carro à venda em 2025 com uma falha fundamental no mecanismo de travagem do banco, uma parte essencial do sistema de retenção dos ocupantes”, comentou o Dr. Aled Williams, Diretor do Programa Euro NCAP.
Para além disto, o airbag do condutor não funcionou como esperado. Ao disparar, a cabeça do manequim não ficou totalmente apoiada, «afundando-se» até tocar no volante. Como resultado, a proteção para a cabeça foi considerada apenas “adequada”, e não “boa”.
© Euro NCAP
Quatro estrelas… com ressalvas
Apesar da gravidade da falha, o Euro NCAP não tem atualmente mecanismos para deduzir pontos específicos devido a este tipo de problema. Assim, graças ao seu desempenho noutras áreas, entre elas, a prevenção de colisões, o MG3 foi avaliado em quatro estrelas.
A organização reconheceu, contudo, esta lacuna na estrutura de pontuação e anunciou que vai rever os seus protocolos, especialmente para casos em que os fabricantes não corrijam as falhas nos sistemas de segurança.
Reações da MG
Quando confrontada com os resultados do teste, a MG inicialmente alegou que a falha se devia à montagem incorreta do banco antes do teste.
Ainda assim, comprometeu-se a melhorar o design do mecanismo de travagem do assento e a garantir o funcionamento correto do airbag do condutor. As alterações serão implementadas a partir de agosto (no caso do banco do condutor) e de outubro (airbag), mas não se aplicarão aos modelos já em circulação.
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“Recomendamos que os consumidores considerem alternativas ao MG3”, concluiu Williams.
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