Oito provas, cinco triunfos para Sébastien Ogier (Toyota GR Yaris Rally1), que desta forma se coloca ainda mais na linha do objetivo que o levou a decidir disputar todas as restantes provas do WRC 2025, na tentativa de chegar ao nono título mundial e dessa forma igualar o número de Sébastien Loeb.

O francês começou um pouco mal a prova, mas como o próprio disse quando “acordou” colocou-se rapidamente em posição de lutar pela vitória, e depois isolar-se na frente. Chegou a estar a 18.5s da frente, numa altura em que a Hyundai tinha três carros nos três primeiros lugares, mas a Hyundai tratou de fazer o habitual ‘hara kiri’ mais conhecido no País vizinho, facilitando bem mais a vida a Ogier, que com ‘ofertas’ destas não se costuma fazer rogado. Foi recuperando tempo aos homens da frente, chegando à liderança no penúltimo troço do segundo dia, não mais largado a posição até final. Ainda por cima, venceu o super-domingo e a PowerStage, somando o total de pontos, passando por isso para o comando do campeonato com dois pontos de avanço para Elfyn Evans.

Elfyn Evans (Toyota GR Yaris Rally1) foi segundo, e apear de abrir a estrada teve a sorte de ter apanhado inicialmente condições que não eram tão penalizadores a quem rodava à frente e com isso foi-se aguentando, não muito longe dos primeiros lugares, chegando mesmo ao comando do rali na PEC3 e depois nas PEC9 e 10, mas não conseguiu suster o mais forte andamento de Ogier. Sai bastante ‘vivo’ nas contas do campeonato, e com ‘pezinhos de lã’ pode ter este ano a sorte que lhe faltou nas outras duas vezes em que podia ter sido campeão.

Caiu para segundo no campeonato dois pontos atrás de Ogier, ficam a faltar três ralis, os dois próximos são de asfalto, onde anda bem e não vai ter o problema da ordem na estrada, portanto, as perspetivas são boas, agora depende dele…

Adrien Fourmaux (Hyundai i20 N Rally1) termina no pódio, o seu terceiro este ano, mas apesar de ter liderado no final do 1º dia, depressa começou a andar para trás, e foi ficando cada vez mais longe dos homens da Toyota e com isso da luta pela vitória.

Thierry Neuville (Hyundai i20 N Rally1) foi quarto, dando sequência à época totalmente frustrante que tem vindo a ter apesar de ser o Campeão em título. Quatro terceiros lugares, é o que tem para mostrar, mas como todos sabemos, a culpa não é sua, mas sim da equipa que continua a cometer erros imperdoáveis. Ter os pilotos a queixarem-se no fim de um troço que não sabiam que o troço estava totalmente seco é muito mau, isto para não falar da constante dificuldade de afinar corretamente os carros, com os pilotos na maioria das vezes a queixarem-se.

No final do rali, o belga sintetiza bem tudo isto: “dei tudo o que tinha, é uma época frustrante”

Sami Pajari (Toyota GR Yaris Rally1) foi quinto, o seu segundo melhor resultado do ano, na frente de Kalle Rovanperä (Toyota GR Yaris Rally1) que com o furo que sofreu por culpa própria se atrasou na prova e caiu para o terceiro lugar do campeonato, 21 pontos atrás de Ogier e 19 atrás de Elfyn Evans. Não é impossível, mas não vai ser nada fácil chegar ao tri.

Takamoto Katsuta (Toyota GR Yaris Rally1) não disputou esta prova no ano passado, por estar de ‘castigo’, pelo que não andou este ano nada de especial, continuando a ser muito irregular, não parecendo nada aqui o piloto que terminou em segundo na Finlândia e na Suécia.

Grégoire Munster (Ford Puma Rally1) continua a fazer provas ao seu nível, mediano-baixo. Está um pouco melhor, mas dá a sensação que já não passa muito dali. Parece-nos haver vários pilotos do WRC2 que conseguiriam já estar a fazer bem melhor e nem sequer estamos a falar de Oliver Solberg (Toyota GR Yaris Rally2) que foi nono nesta prova, venceu o WRC2 e assegurou o título mundial. Nikolay Gryazin (Škoda Fabia RS Rally2) fechou o top 10 e Josh Mcerlean (Ford Puma Rally1) terminou muito atrasado devido aos problemas que teve, um furo na PEC6 e um problema mecânico na PEC7. Perdeu muitas classificativas, as que fez rondou sempre o top 10.

Filme da prova

Sébastien Ogier (Toyota GR Yaris Rally1) começou o rali na terceira posição da geral, a 9,6 segundos do líder, Elfyn Evans. O piloto francês admitiu dificuldades em encontrar o equilíbrio ideal no seu Toyota, planeando ajustes na configuração para a tarde. “Estou no limite. Não consigo ser mais rápido, por isso precisamos de fazer algumas alterações no carro”, confessou. Durante a tarde, Ogier protagonizou uma notável recuperação individual, vencendo a PEC6 e ascendendo do quinto para o terceiro lugar na geral, ficando a apenas 2,3 segundos de Adrien Fourmaux no final do dia.

O piloto francês iniciou o sábado com uma abordagem cautelosa, mas capitalizou as condições mutáveis e a gestão de pneus. Venceu as três especiais da tarde, recuperando das dificuldades da sexta-feira e assumindo o controlo da prova, terminando a etapa com uma liderança de 6,3 segundos sobre o seu colega de equipa Elfyn Evans.

No dia decisivo, Ogier confirmou a sua superioridade, vencendo o troço de abertura do domingo e aumentando a sua vantagem para 7,2 segundos sobre Evans. Embora este tenha respondido na especial seguinte, reduzindo a diferença para 5,9 segundos, Ogier voltou a impor-se na penúltima especial, deixando Evans a 4,4 segundos e elevando a sua margem na geral para 10,3 segundos, assegurando logo ali, virtualmente a vitória no rali e no super-domingo.

Elfyn Evans (Toyota GR Yaris Rally1) começou o Rali do Chile na liderança, após um desempenho consistente no troço de abertura, apesar de ter sido o primeiro a limpar a estrada. Conseguiu uma vantagem de 0,5 segundos sobre Ott Tänak. Contudo, a tarde revelou-se um desafio, com as condições de limpeza da estrada a afetá-lo significativamente. O piloto galês caiu da liderança para o quinto lugar, sendo ultrapassado por Ogier e Sami Pajari, e perdeu 14,2 segundos apenas na última especial. “Esta tarde foi uma grande luta. Não consegui controlar a traseira de todo”, lamentou.

No sábado, liderava a prova ao meio-dia, após uma manhã forte em condições de piso molhado. No entanto, viu-se sob crescente pressão na parte da tarde, à medida que Sébastien Ogier encontrava o seu ritmo nos troços em piso seco. Perdeu 5,3 segundos apenas na última especial do dia, mas manteve-se firmemente na luta, terminando a 6,3 segundos de Ogier.

No último dia o piloto galês foi o segundo mais rápido no troço de abertura, 0,9 segundos atrás de Ogier, o que aumentou a desvantagem para 7,2 segundos. No entanto, respondeu vencendo a antepenúltima especial, reduzindo a diferença para 5,9 segundos. Apesar do seu esforço, Ogier voltou a alargar a margem na penúltima especial, deixando Evans para trás, e assim ficou.

Adrien Fourmaux (Hyundai i20 N Rally1) iniciou o rali na terceira posição da geral, a 9,6 segundos de Evans, após recuperar de um contacto inicial com uma berma. Na parte da tarde, o piloto francês herdou a liderança do rali quando Ott Tänak enfrentou problemas de motor na última especial, terminando o dia com uma vantagem de 1,0 segundo sobre o seu colega de equipa Thierry Neuville. “Só posso estar satisfeito porque penso que é a primeira vez que lideramos um rali no final do primeiro dia”, afirmou Fourmaux.

No sábado, o piloto francês começou na liderança, mas terminou em terceiro na geral, a 26,8 segundos de Ogier. Reportou dificuldades de tração e reconheceu que o seu Hyundai “faltava algo” nas condições da estrada. “É bastante frustrante para nós. O positivo é que estamos no pódio para esta noite, mas queremos mais”, declarou.

Fourmaux registou o sétimo tempo no troço de abertura de domingo, o que o deixou a 34,0 segundos da liderança. Nada mais podia fazer e por ali ficou.

Thierry Neuville (Hyundai i20 N Rally1) descreveu a sua manhã de 6ª feira como “mais ou menos sobreviver”, terminando na quinta posição da geral, a 14,5 segundos do líder. O piloto belga efetuou uma série de alterações no seu Hyundai após o shakedown, o que o levou a adaptar-se em andamento. A tarde foi de transformação, após grandes ajustes na configuração do carro, o que lhe permitiu encontrar o ritmo à medida que as condições da estrada secavam. Terminou o dia em segundo na geral, a apenas 1,0 segundo de Fourmaux, descrevendo o carro como “muito melhor”, embora “ainda longe do ideal”.

No sábado, Neuville o desgaste acentuado dos pneus tramou-se e a partir daí começou o seu afastamento face aos lugares da frente, a meio do dia já estava a 18.8s e no final de sábado só parou nos 41.7s.

O piloto belga registou o sexto tempo no troço de abertura de domingo, não conseguiu melhor do que ser sexto no super domingo mas foi segundo na Power Stage.

Sami Pajari (Toyota GR Yaris Rally1) terminou a manhã do 1º dia na sexta posição. Na parte da tarde, conseguiu ultrapassar Elfyn Evans na última especial do dia, concluindo a etapa 1,9 segundos à frente do piloto galês.

No sábado manteve-se na quinta posição da geral e no domingo manteve-se consistentemente logo atrás de Kalle Rovanperä no super-domingo.

O rali de Kalle Rovanperä (Toyota GR Yaris Rally1) ficou marcado pelo incidente na PEC3, onde saiu largo numa curva à direita, atingiu uma berma e descolou o pneu traseiro esquerdo do seu Toyota. Este erro custou-lhe mais de um minuto, fazendo-o cair para a nona posição, apesar de ter liderado as duas primeiras especiais. Na parte da tarde, o dia continuou desafiante, com o incidente do pneu a arruinar as suas aspirações.

No sábado, Rovanperä enfrentou uma tarde difícil, caindo para a sexta posição da geral, a mais de 1 minuto e 20 segundos do líder, pois o facto de ser o primeiro a limpar a estrada nos troços que estavam a secar revelou-se dispendioso. Pouco mais conseguiu no domingo, ainda registou o terceiro tempo no troço de abertura de domingo, a 3,4 segundos de Ogier mas nos troços seguintes, manteve-se como o terceiro mais rápido no super-domingo, logo atrás de Evans e Ogier. Perdeu o contacto com os dois da frente no campeonato mas aindap ode lá chegar.

Takamoto Katsuta (Toyota GR Yaris Rally1) terminou a sexta-feira na sexta posição, apesar de ter enfrentado dificuldades com o equilíbrio do seu Toyota. No sábado, o piloto japonês recuperou para a sétima posição após ter sofrido um pião enquanto tentava alcançar Grégoire Munster, mas já não saiu daí….

Grégoire Munster (Ford Puma Rally1) terminou a manhã na oitava posição, quase meio minuto atrás de Sami Pajari, apesar de a ligação da caixa de velocidades do seu Ford Puma Rally1 ter avariado na última especial da manhã. Na parte da tarde, conseguiu recuperar para a sétima posição. No sábado, o piloto luxemburguês caiu para a oitava posição da geral após um furo que o forçou a completar a última especial com pneus desgastados.

Na 6ª feira, Josh McErlean (Ford Puma Rally1) encontrava-se na 16.ª posição da geral após um pião a alta velocidade, a apenas dois quilómetros da primeira especial, que resultou em danos na dianteira do seu monolugar. Na parte da tarde, o piloto irlandês terminou na nona posição, atrás de Solberg, tendo perdido mais de um minuto devido ao pião na PEC1 e a partir daí andou muito atrasado porque teve um furo na PEC6 e um problema mecânico na PEC7.

Thierry Neuville (Hyundai i20 N Rally1) foi quarto, dando sequência à época totalmente frustrante que tem vindo a ter apesar de ser o Campeão em título. Quatro terceiros lugares, é o que tem para mostrar, mas como todos sabemos, a culpa não é sua, mas sim da equipa que continua a cometer erros imperdoáveis. Ter os pilotos a queixarem-se no fim de um troço que não sabiam que o troço estava totalmente seco é muito mau, isto para não falar da constante dificuldade de afinar corretamente os carros, com os pilotos na maioria das vezes a queixarem-se.

No final do rali, o belga sintetiza bem tudo isto: “dei tudo o que tinha, é uma época frustrante”

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