O ex-Presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, foi hospitalizado de urgência, segundo o filho Flávio na rede social X. Terá sofrido uma “crise forte de soluços, vómitos e pressão baixa” e foi levado para um hospital na capital Brasília, onde reside e cumpre prisão domiciliária.
O líder, condenado a 27 anos e três meses de prisão pelo Supremo Tribunal Federal (STF), foi levado para o hospital DF Star, acrescentou o filho do antigo líder. Terá sido escoltado por membros da Polícia Penal, informa a CNN Brasil.
Presidente Bolsonaro sentiu-se mal há pouco, com crise forte de soluço, vômito e pressão baixa.
Encaminhou-se ao DF Star acompanhado de policiais penais que vigiam sua casa, em Brasília, por se tratar de uma emergência.
Peço a oração de todos para que não seja nada grave.— Flavio Bolsonaro (@FlavioBolsonaro) September 16, 2025
“Peço a oração de todos para que não seja nada grave”, acrescentou Flávio, que também é senador do partido do pai, o Partido Liberal (PL).
Na nota enviada pela defesa de Bolsonaro ao STF para justificar a saída da prisão domiciliária, lê-se que o antigo chefe de Estado brasileiro teve um “episódio de mal-estar, pré-síncope e vómitos com queda da pressão arterial”, requerendo assim ser assistido de urgência.Já o médico pessoal do ex-Presidente, Claudio Birolini, confirmou num comunicado citado pelo G1 que Bolsonaro apresentou “um quadro de mal-estar, queda da pressão arterial e vómitos” esta segunda-feira.
“Solicitei que fosse encaminhado ao Hospital DF Star para avaliação clínica, medidas terapêuticas e exames complementares“, acrescentou, prometendo mais atualizações assim que houver “uma definição clara do quadro clínico“.
Segundo o boletim médico emitido no domingo e citado pela CNN Brasil, Jair Bolsonaro tinha ido ao hospital este domingo para remover cirurgicamente “lesões cutâneas”. O boletim frisava que o procedimento tinha corrido sem complicações.
A saúde do antigo líder, aos 70 anos de idade, tem vindo a deteriorar-se nos últimos meses. Como explica o G1, esta é a terceira vez que o líder foi hospitalizado desde 3 de agosto, dia em que foi decretada a prisão domiciliária no âmbito do processo em que viria a ser condenado.
Em abril deste ano, o líder foi operado de urgência aos intestinos pela nona vez para tentar resolver problemas remanescentes da facada que sofreu na campanha presidencial de 2018, na qual viria a ser eleito Presidente do Brasil. Na sequência dessa cirurgia, ficou internado durante três semanas — chegando mesmo a ser notificado das suas acusações pelo STF durante uma transmissão ao vivo em direto do quarto dos cuidados intensivos.
Apesar deste tratamento, o líder cancelou a agenda que tinha numa visita ao estado do Goiás no fim de junho e, no início de julho, acabou por cancelar os compromissos das semanas seguintes por recomendação médica.