Estudo foi feito com pacientes com obesidade, pré-diabetes e hipertensão
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Medir a pressão no antebraço pode ser tão confiável quanto no braço, mostra estudo brasileiro
Como pesquisadora, sempre me intrigou como detalhes aparentemente simples, como o local da aferição da pressão arterial, podem influenciar diretamente diagnósticos e condutas clínicas. Em pacientes com obesidade e pré-diabetes, essa questão se torna ainda mais crítica.
Foi essa inquietação que nos levou a conduzir um estudo publicado recentemente na revista Diabetology, intitulado “Comparison of Oscillometric Blood Pressure Measurements on the Arm and Forearm in Patients with Obesity, Prediabetes, and Hypertension”.
No acompanhamento clínico, é comum encontrarmos pacientes que apresentam dificuldades na aferição correta da pressão arterial, seja por limitações anatômicas ou pelo uso inadequado de equipamentos.
A possibilidade de utilizar o antebraço como alternativa já era discutida, mas faltavam evidências científicas sólidas. Então, decidimos investigar: será que medir a pressão no antebraço é tão confiável quanto no braço?
Junto a uma equipe multidisciplinar, realizamos um estudo observacional com pacientes com hipertensão, obesidade e pré-diabetes na Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto (FAMERP).
Utilizamos aparelhos digitais oscilométricos para medir a pressão arterial no braço e no antebraço, seguindo protocolos rigorosos. Os resultados foram animadores e mostraram que as diferenças entre os métodos eram clinicamente aceitáveis.
Profa Dra Tatiana Palotta Minari é graduada em Nutrição com ênfase em Obesidade e Programação Metabólica pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) (2013-2016). Possui Mestrado em Psicologia e Saúde com ênfase em Transtornos Alimentares pela Faculdade Estadual de Medicina de São José do Rio Preto (FAMERP) (2017-2019). Fez Pós-Graduação/Especialização em Nutrição e Suplementação Esportiva: da Bioquímica e Fisiologia à Prática Clínica pela Faculdade Estadual de Medicina de São José do Rio Preto (FAMERP) (2017-2019). É Doutora em Ciências da Saúde com ênfase em Diabetes, Hipertensão, Cardiopatias e Obesidade pela Faculdade Estadual de Medicina de São José do Rio Preto (FAMERP) (2020-2024). Recentemente concluiu a Pós-Graduação/Especialização em Neurociências pela UNIFESP (2024-2025). Atualmente é Pós-Doutoranda em Ciências da Saúde com ênfase em Crononutrição e Sono pela UNIFESP (2025-atual).
Esses achados reforçam que o antebraço pode ser uma alternativa válida, especialmente em pacientes com dificuldades anatômicas. Isso amplia as possibilidades de monitoramento e promove equidade no cuidado.
Como toda pesquisa, este estudo também possui limitações que precisam ser consideradas. O número de participantes ainda é relativamente pequeno para generalizações amplas e todos tinham condições específicas, como obesidade, pré-diabetes e hipertensão. Portanto, os achados não podem ser automaticamente extrapolados para indivíduos com outras características clínicas ou faixas etárias.
Essas limitações não invalidam os resultados, mas reforçam a necessidade de estudos complementares para confirmar e expandir as evidências.
Mais do que um artigo científico, essa pesquisa é um convite à reflexão sobre como ajustes simples podem gerar grandes transformações na prática clínica. Validar o antebraço como local confiável para aferição da pressão arterial pode beneficiar milhões de pessoas que enfrentam barreiras silenciosas no diagnóstico e tratamento da hipertensão.
Se você é profissional da saúde, pesquisador ou apenas alguém curioso sobre como a ciência pode transformar vidas, convido você a ler o artigo completo.
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