Uma pesquisa recente aponta que a maioria dos adultos autistas no Reino Unido, já com mais de 40 anos, ainda não tem um diagnóstico formal.
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O levantamento foi feito por especialistas do Instituto de Psiquiatria, Psicologia e Neurociência (IoPPN) do King’s College London, que reavaliaram dados de saúde coletados em 2018.
Segundo a análise, entre adultos com autismo na faixa etária de 40 a 59 anos, 91,45% dos homens e 79,48% das mulheres nunca receberam confirmação oficial do quadro.
O estudo, publicado na Annual Review of Developmental Psychology, mostrou também que essa proporção é ainda maior entre pessoas mais velhas.
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Na população acima de 60 anos, foi constatado que 96,29% dos homens e 97,19% das mulheres com autismo não tiveram diagnóstico, resultando em uma média de 96,51%.
Para compreender de que forma o autismo pode se manifestar mais tarde, veja a seguir sete sinais sutis que podem aparecer em adultos a partir dos 40 anos.
1 – Preferência por rotina e previsibilidade
Muitos adultos autistas que passaram grande parte da vida sem diagnóstico tendem a se apoiar fortemente em rotinas fixas, o que lhes traz segurança e sensação de controle.
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Essa necessidade de rotina tende a se intensificar com a idade, já que mudanças inesperadas podem causar desconforto, ansiedade ou estresse.
Entre os sinais estão o planejamento excessivo do dia a dia, apego a hábitos específicos e irritação quando os planos sofrem alterações repentinas.
2 – Interesses restritos e intensos
Pessoas no espectro costumam ter fascínio especial por temas ou hobbies específicos, e isso pode se tornar ainda mais marcante em adultos mais velhos.
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Esse comportamento pode parecer apenas uma grande paixão, mas se ocupar boa parte do tempo livre e surgir de forma quase obsessiva nas conversas, pode ser indicativo de autismo.
3 – Maior sensibilidade sensorial
Em muitos adultos autistas, a sensibilidade a estímulos externos como luz, sons, cheiros ou texturas permanece forte ao longo da vida.
Incômodo em lugares movimentados e barulhentos, assim como rejeição a determinados tecidos ou materiais, pode estar relacionado a diferenças no modo como processam estímulos sensoriais.
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Transformações significativas podem ser especialmente difíceis para pessoas idosas com autismo não diagnosticado.
Trocar de casa, iniciar um emprego novo ou precisar se adaptar a tecnologias recentes pode causar angústia por quebrar a previsibilidade do dia a dia. Quando esse padrão é constante, pode estar ligado ao espectro.
5 – Obstáculos na compreensão de normas sociais
Regras sociais implícitas, como manter contato visual, respeitar limites de proximidade, interpretar linguagem corporal ou compreender piadas sutis, podem ser mais complicadas para adultos autistas.
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Eles geralmente processam informações de forma mais literal, o que pode dificultar a leitura de sinais sociais indiretos ou complexos.
Esse quadro pode gerar a sensação de deslocamento em interações sociais, além da necessidade de mais tempo para compreender situações, mesmo com bastante experiência de vida.
6 – Desafios em relacionamentos amorosos
Para adultos autistas, criar e manter vínculos afetivos pode apresentar barreiras específicas.
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Essas dificuldades podem incluir problemas em demonstrar ou interpretar carinho, incômodo com proximidade física ou até a preferência por manter independência em vez de dividir um lar.
Em geral, eles se sentem mais confortáveis em relações com parceiros compreensivos, que saibam se comunicar com clareza e que respeitem suas formas particulares de interação.
7 – Barreiras no ambiente profissional
Muitos adultos autistas têm grande desempenho em tarefas específicas, mas ainda assim podem enfrentar obstáculos em outros aspectos do trabalho.
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Questões como a necessidade de se adaptar a mudanças rápidas, participar de reuniões cheias ou lidar com a política interna da empresa podem ser bastante desafiadoras.
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