“Dois laboratórios de dois países diferentes concluíram, independentemente, que Alexei foi envenenado“, afirmou Yulia Navalnya na rede social Telegram, explicando que tinha analisado “amostras biológicas” recuperadas do marido após a sua morte numa prisão.
Navalny, de 47 anos, morreu subitamente a 16 de fevereiro de 2024, numa prisão russa no Círculo Polar Ártico, privando a oposição russa do seu líder mais carismático e popular.
Yulia acusou repetidamente a Rússia de o matar, uma alegação que o Kremlin rejeita como absurda. Num vídeo publicado no YouTube, Yulia recordou em detalhe a última carta do marido, um dia antes da sua morte numa colónia penal na Rússia, e os seus últimos dias de prisão, detalhando a falta de reação das autoridades aos seus primeiros relatos de indisposição.
Mostrou ainda fotos do interior da cela onde Alexei Navalny adoeceu.
No vídeo, a viúva esclarece que “em fevereiro de 2024, conseguimos obter e transferir com segurança amostras biológicas de Alexei para o estrangeiro” e “laboratórios em pelo menos dois países testaram estas amostras de forma independente”.
“Estes laboratórios em dois países diferentes chegaram à mesma conclusão: Alexei foi morto. Mais especificamente, foi envenenado”, frisou Yulia, sem apresentar mais provas.
Em 2024, Yulia já tinha desmentido as informações dos investigadores russos de que Navalny tinha morrido de “uma combinação de doenças”.Além disso, a viúva exige que os laboratórios divulgassem as conclusões sobre o que chamou de “verdade inconveniente”. No entanto, não especificou qual o veneno que os laboratórios tinham encontrado.
No mesmo vídeo, a viúva do líder da oposição russa afirma: “Vladimir Putin é o responsável pelo assassinato do meu marido, Alexei Navalny”.
“Parem de apaziguar Putin por ‘considerações’ mais elevadas. Não podem apaziguá-lo. Enquanto permanecerem em silêncio, ele não para”, alertou.
c/Agências