O antigo primeiro-ministro José Sócrates lança no sábado, no Porto, um livro intitulado Todos contra um — crónica de um processo de ruptura, centrado na Operação Marquês, caso em que está a ser julgado desde 3 de Julho.

Editado pela Âncora, o livro será apresentado pelas 16h, num hotel do Porto, pelo antigo secretário de Estado da Agricultura, fundador e “histórico” socialista António Campos.

“Se o que define a natureza do processo è a atitude do acusado, então há que reconhecer que o processo Marquês nunca foi um processo de conivência, mas de ruptura”, escreve o antigo secretário-geral do PS no texto de contracapa do livro.

José Sócrates defende que se trata de “uma ruptura com o sistema judiciário que promover a violência e o arbítrio”.

“Ruptura com o mundo político que a tudo assistiu e tudo consentiu. Ruptura com o jornalismo, cujo principal papel neste processo foi o de normalizar os absurdos judiciais. Este livro é a crónica dessa ruptura”, sustenta.

O processo Marquês, em que José Sócrates é o principal arguido, conta com 21 acusados de 117 crimes de corrupção, branqueamento de capitais e fraude fiscal.