Tom Cruise fez história ao transformar Top Gun: Maverick (2022) em um fenômeno de bilheteria com US$ 1,4 bilhão (R$ 7,4 bilhões) arrecadado no mundo e seis indicações ao Oscar. Naturalmente, a Paramount e a Skydance colocaram uma continuação como prioridade — mas a espera pode ser muito maior do que os fãs imaginam.

O grande entrave é a agenda de Joseph Kosinski. O diretor de Maverick foi anunciado pela Universal para comandar o reboot de Miami Vice, previsto para estrear em agosto de 2027. Com pré-produção, filmagens e divulgação, ele ficará ocupado até lá. Na sequência, Kosinski ainda pode emendar um filme sobre UFOs para a Apple e até uma continuação de F1, o que empurraria Top Gun 3 ainda mais para frente.

Na prática, isso significa que a nova aventura de Maverick não deve chegar antes de 2028. Se o projeto escorregar ainda mais, é possível que o lançamento só aconteça em 2029 — sete anos depois da estreia do último longa. E aí entra um detalhe crucial: Tom Cruise já tem 63 anos e pode estar beirando os 70 quando o filme finalmente decolar.

As cenas de voo real sempre foram a marca da franquia, e a exigência física desse tipo de filmagem não pode ser ignorada. Tom Cruise ainda é um astro de ação capaz de desafiar os limites, mas o tempo corre contra ele. A questão é: vale a pena arriscar esperar Kosinski ou seria melhor entregar a direção a outro nome de confiança?

Futuro de Tom Cruise em Top Gun

Christopher McQuarrie, parceiro inseparável de Cruise em Missão: Impossível, desponta como favorito natural caso a troca aconteça. Outros nomes como Brad Bird, Doug Liman e Edward Zwick também poderiam entrar no radar. Ainda assim, a decisão carrega riscos: substituir Kosinski pode significar perder justamente o olhar que garantiu o sucesso estrondoso de Maverick.

Do ponto de vista estratégico, Tom Cruise parece ter em Top Gun seu novo pilar, já que deixou a franquia Missão: Impossível em stand-by. Para repetir a bilheteria bilionária e não deixar dinheiro na mesa, o ator e o estúdio sabem que precisam entregar um filme impecável. Por isso, há quem defenda esperar Kosinski, mesmo que isso signifique atrasar a produção por anos.

O dilema é claro: acelerar e arriscar a qualidade sem o diretor certo, ou esperar e correr o risco de ver Tom Cruise envelhecer demais para o papel. Seja qual for a escolha, Top Gun 3 terá que equilibrar expectativas gigantescas com a realidade de um astro que pode estar quase septuagenário quando o caça decolar novamente.