Quem contratou José Mourinho para treinador do Benfica? Rui Costa, o presidente, ou Rui Costa, o recandidato? O próprio garantiu que foi como presidente. Pouco mais de 24 horas depois, enquanto a equipa e o novo treinador seguiam de autocarro para o Norte do país, o presidente dos “encarnados” deu o arranque oficial da sua recandidatura às eleições do Benfica, marcadas para 25 de Outubro, onde será um dos sete nomes no boletim de voto, a par dos advogados João Diogo Manteigas e Cristóvão Carvalho, dos empresários João Noronha Lopes e Martim Mayer, do ex-presidente Luís Filipe Vieira e de Paulo Parreira.
Na casa do Benfica de Paredes, que celebra o seu 26.º aniversário, Rui Costa apresentou a sua candidatura com o lema “Só o Benfica importa”.
O agora também candidato à presidência dos “encarnados” assumiu a frustração de não ter conseguido que o clube ganhasse mais troféus. “É uma tristeza para mim não ter conseguido mais títulos no futebol, ninguém sente mais do que eu a ausências destes títulos”, começou por afirmar.
Mas depois, fez questão de relembrar as circunstâncias em que assumiu a presidência do Benfica naquele que qualificou como um dos períodos “mais controversos” da história do clube, lançando críticas pelo facto de, nessa altura, não terem surgido tantos candidatos como agora.
“Virei presidente do dia para a noite, para não deixar o Benfica cair. Virei presidente impreparado, porque de manhã estava no Seixal a trabalhar com a equipa de futebol e ao fim do dia era presidente. Não esqueço tudo aquilo que vivi nesse período. Mas não me arrependo. Naquele período apareci eu e Francisco Benítez, não apareceu mais ninguém e era aí que o Benfica, se calhar, precisava de tantos candidatos à presidência. Mas muitos esconderam-se e eu não me escondi. E o facto de me recandidatar também é por isso. Gostaria que o mandato tivesse sido melhor em termos de títulos, sim, mas não fujo nunca às responsabilidades.”