A dupla espanhola Dani Sordo e Cândido Carrera, ao volante do Hyundai i20 N Rally2, conquistou a vitória no Rali da Água. Este triunfo, o segundo da época – o primeiro foi em Castelo Branco -, assume particular importância. Não só serve para atenuar a frustração sentida pelo piloto na prova da Madeira, onde o seu carro não correspondeu às expetativas, como também o coloca numa posição surpreendente na corrida pelo título, com a última prova do campeonato à vista.

Um triunfo com sabor a reviravolta

A vitória no Rali da Água é um marco significativo para Dani Sordo e Cándido Carrera. Depois de uma prestação muito aquém do esperado na Madeira, onde o desempenho do Hyundai i20 N Rally2 não foi o ideal, este resultado em Chaves representa uma redenção e um forte impulso moral. O triunfo demonstra a capacidade de superação da dupla e a competitividade do carro em diferentes condições.

A batalha com Armindo Araújo

A prova foi marcada por uma intensa disputa com a dupla portuguesa Armindo Araújo e Luís Ramalho (Škoda Fabia RS Rally2). Sordo e Carrera bateram os seus adversários lusos por 25,9 segundos, num confronto onde Araújo e Ramalho venderam caro o triunfo do espanhol, mantendo a pressão até ao fim.

Dani Sordo, visivelmente satisfeito, comentou o resultado: “Correu tudo bem, a verdade é que estamos felizes porque já estava na hora de ganharmos mais uma prova. Obviamente, o Kris (Meeke) abandonar, ajudou, porque ele é muito forte com o Toyota, mas isso faz parte das corridas. Quanto a nós, tivemos um furo de manhã que nos atrasou um pouco, e as coisas equilibraram-se mais, mas depois correu tudo muito bem.” A referência ao abandono de Kris Meeke destaca a sorte e o revés dos adversários como fatores decisivos na dinâmica do campeonato.

Cenário aberto para a decisão do título

Com este resultado, e o abandono de Kris Meeke, o Campeonato de Portugal de Ralis vê a sua luta pelo título ficar completamente em aberto. A possibilidade de Dani Sordo se sagrar campeão, após o percurso atribulado da época, seria uma “enorme surpresa”, face a como estava o campeonato, como o próprio piloto admitiu, mas é agora um cenário plausível. A imprevisibilidade é uma das características que torna o CPR tão cativante, e a última prova promete ser um espetáculo de emoção e estratégia.