Mark Zuckerberg apresentou, nesta semana, os novos óculos inteligentes Ray-Ban Meta Display, que trazem uma tela incorporada nas lentes e um sistema de controle por gestos, realizado por meio de uma pulseira inovadora. O anúncio aconteceu durante a conferência anual Meta Connect, em Menlo Park.
Em sua apresentação, o fundador da Meta destacou que este modelo representa o “formato ideal para a superinteligência pessoal”. De acordo com Zuckerberg, o conceito visa aprimorar capacidades humanas em tempo real, permitindo aos usuários “estarem presentes no momento enquanto acessam ferramentas que potencializam sua memória, comunicação e sentidos”.
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Ray-Ban Meta Display: Óculos inteligentes com controle de gestos e tecnologia de IA
Os novos óculos inteligentes Ray-Ban Meta Display têm um design que parece ter saído diretamente de um filme de ficção científica. Equipados com uma tela na lente direita, os dispositivos exibem notificações, mapas, chamadas recebidas e outras informações.
O modelo conta ainda com a Meta AI, uma inteligência artificial capaz de reconhecer objetos, analisar o ambiente em um ângulo de 120° e responder com maior precisão às perguntas do usuário, além de realizar traduções automáticas de textos. Com apenas 70 gramas, o dispositivo funciona como um assistente inteligente, facilitando diversas tarefas do cotidiano.
Uma das inovações mais notáveis é a Neural Band, uma pulseira que detecta movimentos discretos dos músculos no antebraço para controlar as funções dos óculos. Com gestos sutis, é possível dar zoom em imagens, fechar aplicativos, apontar ou até digitar em um “teclado virtual” no ar — tudo isso sem precisar tocar diretamente nos óculos.
“Óculos que entendem nosso contexto — vendo o que vemos, ouvindo o que ouvimos e interagindo conosco ao longo do dia — se tornarão nossos principais dispositivos de computação”, disse Zuckerberg.
O produto pretende substituir os smartphones em alguns aspectos, pois possui uma câmera de 12 megapixels capaz de gravar vídeos em 3K e Ultra HD, além de um modo de gravação em câmera lenta. Ele também possui microfones e alto-falantes nas hastes, permitindo uma conexão direta com a inteligência artificial que “fala” no ouvido do usuário.
A Meta destacou que a privacidade foi uma prioridade no desenvolvimento dos novos óculos inteligentes e continuará sendo aprimorada em futuras atualizações. Um exemplo disso é a presença de uma luz indicadora externa, que acende para avisar quando os óculos estão gravando, funcionando como um alerta para quem está ao redor.
Além disso, conforme explicado por Ankit Brahmbhatt, gerente de produto da empresa, a inteligência artificial do Ray-Ban Meta Display não tem capacidade para identificar pessoas próximas ao usuário, garantindo uma camada extra de privacidade.
Foto: Unsplash