Está lançada a corrida à Bola de Ouro e não queremos que lhe falte nada. Por isso o Maisfutebol, com o auxílio da Sofascore, traz-lhe uma análise detalhada do que fizeram todos os 30 finalistas. Para além das estatísticas, damos-lhe também o lugar, entre os 30 finalistas, em que cada jogador se encontra em cada item.

Foram três candidatos por dia. Nesta segunda-feira, 22 de setembro, a France Football vai revelar quem o vencedor deste ano (e sucessor de Rodri).

 

Pode não ser este ano, mas está escrito nas estrelas que um dia vai ser Bola de Ouro. Arriscamos dizer que ser consagrado o melhor do Mundo várias vezes, porque há coisas que, hoje, ninguém faz tão bem como ele, que atingiu a maioridade neste verão. Assinou 21 golos e 18 assistências em 2024/25 pelo Barcelona, campeão de Espanha e a regressar aos tempos de glória de um passado não muito distante.

FLORIAN WIRTZ

Depois de ter sido uma das figuras do Bayer Leverkusen na época do título histórico na Alemanha, o internacional alemão manteve a bitola em 2024/25, com 16 golos e 14 assistências e volta a figuras entre a elite, depois do 12.º lugar na corrida à Bola de Ouro no ano anterior. Aos 22 anos, está a afirmar-se como um dos médios ofensivos mais desequilibradores do futebol europeu e a transferência para o Liverpool por cerca de 125 milhões de euros pode projetá-lo para outro patamar.

Importantíssimo nos equilíbrios do campeão de França e da Europa, o médio formado no FC Porto tem recebido elogios dos melhores treinadores do planeta e apresenta-se como um dos candidatos a figurar no top-3. Terminou a época passada com oito golos e quatro assistências e um registo notável de passes-chave. Se o PSG podia viver com ele? Podia, mas não era a mesma coisa.

A maior dúvida é se este ano o brasileiro vai à gala. Porque, ao contrário do que acontecia na época passada, vencer a Bola de Ouro é muito improvável. Afinal de contas, só ganhou a Taça Intercontinetal e a Supertaça Europeia. O que é manifestamente pouco para o Real Madrid. Provavelmente por isso surge, entre os 30 nomeados, apenas no 19º lugar do Ranking Sofascore. E, já agora, em 12º no ranking de participação em golos (marcou 22 e fez 16 assistências). Este não deve ser, definitivamente, o ano dele.

Aos 34 anos, após 49 jogos, cinco golos e uma assistência, não se pode dizer que Van Dijk tenha feito uma temporada extraordinária. No fundo foi o que tem sido sempre ao longo das sete temporadas ao serviço do Liverpool: um líder exemplar no balneário e um central do melhor que há no relvado. Por isso foi fundamental, como sempre, no título de campeão.

 

O brasileiro, que o V. Guimarães contratou aos 18 anos para jogar na equipa B, não pára de crescer. Degrau a degrau, subiu a escadaria até ao topo: até ser fundamental numa época em que o Barcelona ganhou tudo em Espanha: Liga, Taça e Supertaça. Somou 34 golos e 22 assistências, o que significa uma participação direta em 56 golos da equipa. Para além disso, o último ainda o viu tornar-se um líder incontestado: é subcapitão da equipa e, dizem, a voz que os colegas mais respeitam no balneário.

 

Liderou o Liverpool até à conquista da Premier League, ao fim de quatro títulos seguidos do Man. City, na qual se sagrou, pela quarta vez na carreira, o melhor marcador (29 golos). Numa época marcada pela saída de Klopp e a entrada de Arne Slot, o egípcio mostrou que, aos 33 anos, ninguém toca música como ele. O facto de o Liverpool ter vencido «apenas» a Premier League e de ter-se ficado pelos oitavos de final na Champions deve penalizar Salah, , que fechou a temporada com 34 golos e 23 assistências em 52 jogos (o que significa que teve influência direta em pelo menos um golo por jogo).

Campeão europeu por Espanha em 2024, repetiu o feito pelo PSG em 2025. Com 61 jogos (46 a titular), oito golos e 11 assistências, foi um dos pilares do meio-campo dos parisienses na melhor época da história da equipa francesa, que subiu, finalmente, ao tão ambicionado trono do futebol europeu, venceu tudo a nível interno e esteve perto de conquistar o Mundial de Clubes.

Motor do meio-campo do Arsenal (e da seleção inglesa), ajudou os Gunners a atingirem as meias-finais da Liga dos Campeões, prova na qual só caíram para o campeão PSG. Pelo caminho, na primeira mão dos quartos de final, assinou ao Real Madrid dois golos fantásticos de livre direto que deram a volta ao Mundo e precipitaram a queda do campeão europeu. Aos 26 anos, desenhou a melhor temporada da carreira (nove golos e dez assistências), em mais um ano que confirmou o Arsenal como candidato à conquista de um título que lhe escapa desde os «Invencíveis» de Arsène Wenger, em 2003/04.

A segunda temporada do internacional inglês no Chelsea foi de confirmação da muita qualidade que já tinha mostrado na primeira época ao serviço dos blues. Cole Palmer voltou a apresentar grandes números em 2024/25 com 18 golos marcados e 13 assistências em 52 partidas. Irreverente por natureza, ajudou o Chelsea a conquistar a Liga Conferência e, mais importante ainda, o «novo» Mundial de Clubes disputado nos Estados Unidos tornando o clube inglês na primeira equipa a conquistar todos os troféus internacionais disponíveis para um clube europeu.

Foi a época em que o médio foi mais vezes utilizado pelo Barcelona. Pedri fez 59 jogos ao serviço dos blaugrana nos quais apontou seis golos e oito assistências para todas as competições. Na última temporada ficou às portas da final da Liga dos Campeões depois de uma meia-final de loucos frente ao Inter. A nível doméstico, os catalães reconquistaram a Liga espanhola e a Taça do Rei, já com a Roja, perdeu contra Portugal na final da Liga das Nações. Destaque ainda para a média de bolas recuperadas por encontro, dado que é líder segundo o Sofascore nesse parâmetro, com 6,59 recuperações por jogo.

Internacional francês, fez toda a carreira em Inglaterra, o país de nascimento. A mudança para o Bayern Munique na última temporada coincidiu também com a época mais produtiva do extremo: foram 40 participações em golos divididos por 20 assistências e 20 remates certeiros. A nível coletivo, foi uma das peças mais importantes na reconquista do título alemão por parte da equipa bávara e, pela seleção gaulesa, conquistou a medalha de bronze na Liga das Nações depois de vencer a Alemanha.

Depois de ter falhado mais de metade da época anterior devido a lesão, o português teve papel preponderante no PSG (53 jogos, cinco golos, seis assistências), sendo peça fundamental na equipa treinada por Luis Enrique, para as conquistas da Liga francesa, Taça de França, Supertaça francesa, Liga dos Campeões e Supertaça Europeia, além do segundo lugar no Mundial de Clubes. De igual modo, foi decisivo na Seleção, na conquista da Liga das Nações. É, assim, um dos fortes candidatos ao topo da lista da Bola de Ouro.

Chegou a Paris, viu, jogou e triunfou. À primeira época no clube francês, o médio tornou-se desde cedo titular e parte da espinha dorsal da equipa, que venceu tudo a nível interno (Liga, Taça e Supertaça), além das conquistas europeias na Liga dos Campeões e na Supertaça Europeia: fez 59 jogos, sete golos e dez assistências no clube. Na Seleção, ora no papel de médio, ora a lateral-direito, foi também importante no êxito na Liga das Nações. Com naturalidade, é também um dos nomes apontados aos primeiros lugares.

Foi de Manchester para Nápoles para ser ídolo na casa onde Maradona é rei. O médio foi um dos pilares da equipa que evitou nova longa espera para ser campeã italiana, ajudando o Nápoles a conquistar o seu quarto «scudetto», o segundo nos últimos três anos. Foi eleito o melhor jogador da Serie A e fez 36 jogos, 13 golos e quatro assistências pelo clube em 2024/25.

Tem sido nos últimos anos um nome forte para a conquista do galardão, no entanto, nunca o conseguiu. Na temporada de estreia no Real Madrid conquistou apenas a Taça Intercontinental e a Supertaça Europeia pelos meregues, no entanto terminou a época com 44 golos, igualando o melhor registo da carreira, valor ao qual soma cinco assistências.

Chegou a Liverpool em 2023/24 com o rótulo de campeão do Mundo pela Argentina e, na temporada seguinte conquistou a Premier League pelos reds. Com sete golos e seis assistências em 49 partidas, foi uma peça importante no xadrez de Arne Slot para devolver as faixas de campeão à cidade dos Beatles.

Na sétima temporada ao serviço do Inter, Lautaro Martínez aplicou um registo elevado que o continua a colocar como um dos melhores avançados a jogar na Europa. O argentino faturou por 24 ocasiões e assistiu noutras três na última época, no entanto, a nível coletivo, não foi a melhor temporada para Lautaro. A equipa italiana ficou sempre à porta dos títulos, tendo sido finalista vencido na Liga dos Campeões e da Supertaça Italiana. Caiu nas «meias» do Mundial de Clubes e da Taça de Itália e por último, perderam o campeonato por um ponto, atrás do Nápoles.

Só chegou a Paris no mercado de janeiro, mas ainda foi a tempo de conquistar um lugar no onze do PSG e contribuir para a conquista da Liga dos Campeões, da Liga francesa e da Taça de França. No total da temporada, o georgiano apontou 13 golos e deu dez assistências em 51 jogos. Reencontrou os níveis da primeira época de Nápoles e é um candidato aos lugares cimeiros da Bola de Ouro.

Os anos passam, mas Robert Lewandowski continua a marcar golos e a temporada passada até foi a mais goleadora do polaco das três ao serviço do Barcelona. Foi campeão espanhol com o Barça e apontou 27 golos, só atrás dos 31 de Kylian Mbappé. Na Champions, marcou em 11 ocasiões e ficou no pódio dos melhores marcadores. A nível coletivo, além da Liga espanhola, conquistou a Supertaça e a Taça do país vizinho.

O avançado inglês, finalmente, conquistou um título coletivo na carreira. Com 26 golos, foi o melhor marcador e jogador da Liga alemã, conquistada pelo Bayern Munique. No total da temporada, Kane assinou 41 golos e ainda deu 13 assistências. É alguém já habituado a estas andanças.

Assinou 54 golos em 52 jogos oficiais pelo Sporting, tendo contribuído de forma decisiva para a conquista do bicampeonato e da dobradinha dos leões. A época estrondosa levou-o a lutar pela Bola de Ouro até ao sprint final da época. Despertou a cobiça de alguns dos maiores clubes do Mundo e transferiu-se para o Arsenal por uma verba recorde de 66 milhões de euros, num negócio que pode atingir os €76M. É o único candidato à Bola de Ouro de fora das chamadas Big-5.

Segundo classificado em 2023 e quinto em 2024, não teve, à semelhança do Manchester City, uma época ao nível habitual, tendo-se contentado com a vitória na Supertaça de Inglaterra ainda no princípio da temporada. Ainda assim, faturou por 34 ocasiões pelos citizens, motivo que justifica a inclusão entre os melhores do ano.

Aos 26 anos fez a melhor época da carreira, com 11 golos e 14 assistências pelo Paris Saint-Germain, que ajudou a vencer quase tudo numa época memorável para os parisienses e que culminou com as vitórias na Supertaça francesa, Taça de França, Liga francesa e Liga dos Campeões (inaugurou o marcador na goleada por 5-0 ao Inter na final), além da chegada à final do Mundial de Clubes. É um claro candidato a figurar no top-5 da Bola de Ouro e, se calhar, esta afirmação peca por excesso de conservadorismo.

Não ganhou títulos coletivos, mas foi o melhor marcador da Liga dos Campeões, em igualdade com Raphinha (Barcelona), ambos com 13 golos. O internacional da Guiné Conacri foi também o melhor marcador do Mundial de Clubes, com os mesmo quatro golos de Di Maria, e acabou a Bundesliga em segundo, só atrás de Harry Kane.

 

Foi ano em que o Inter Milão quase ganhou tudo: quase ganhou a Champions (perdeu na final), quase ganhou a Liga Italiana (terminou em segundo), quase ganhou a Supertaça de Itália (perdeu na final) e quase ganhou a Taça de Itália (foi eliminado nas meias-finais). Dumfries fez ainda assim um grande ano, com 11 golos e 5 assistências.

 

Foi a grande revelação da época, ele que tinha chegado do Rennes por 50 milhões de euros. Só em dezembro é que se tornou titular indiscutível, mas ainda foi a tempo de ser fundamental no ano de sonho do PSG, que ganhou a Liga dos Campeões, a Liga Francesa, a Taça de França, a Supertaça de França e a Supertaça Europeia.

 

Foi uma época de sonho. Conquistou quase tudo o que havia para conquistar ao serviço do PSG (faltou-lhe apenas o Mundial de Clubes). O internacional italiano levou para casa a Liga dos Campeões, a Liga Francesa, a Taça de França, a Supertaça de França e a Supertaça Europeia. É o único guarda-redes na lista de 30 nomeados ao prémio.

 

O Real Madrid conquistou apenas a International Cup, tendo fechado a Liga Espanhola no segundo lugar e sido eliminado nos «quartos» da Champions. O médio de 22 anos fez um total de 15 golos e 14 assistências, números inferiores aos apresentados na época de 2023/24.

 

Porventura um dos principais favoritos. O internacional francês apresentou números nunca antes vistos na carreira: 35 golos e 14 assistências, em 53 jogos pelos parisienses, mais cinco troféus conquistados pelo PSG: Liga dos Campeões, Liga Francesa, Taça de França, Supertaça de França e  Supertaça Europeia.