A dupla Armindo Araújo e Luís Ramalho (Škoda Fabia RS Rally2) terminou o Rali da Água, a penúltima prova do Campeonato de Portugal de Ralis, na segunda posição. Apesar de terem travado uma intensa batalha com Dani Sordo pelo triunfo na prova, que acabou por ser conquistado pelo espanhol, o abandono de Kris Meeke catapultou Araújo e Ramalho para a liderança do campeonato. Com apenas uma prova por disputar, o Rali Vidreiro, a decisão do título está agora em aberto.
Luta renhida pelo triunfo e mudança na liderança
O Rali da Água foi palco de uma disputa acesa pelo primeiro lugar, com Armindo Araújo a impor um ritmo forte e consistente, colocando pressão sobre Dani Sordo. Embora o triunfo na prova tenha escapado, o desempenho da equipa portuguesa foi crucial. O cenário do campeonato alterou-se drasticamente com o abandono de Kris Meeke, que até então liderava a classificação geral. Este revés para Meeke abriu caminho para Armindo Araújo e Luís Ramalho ascenderem à liderança, numa altura decisiva da temporada.
A estratégia de consistência e pressão de Armindo Araújo
Armindo Araújo expressou a sua satisfação com o resultado, sublinhando a estratégia adotada: “O balanço é extremamente positivo. Nós fizemos aqui uma boa prova, impusemos um bom ritmo, sem qualquer problema. Pressionamos quando tivemos de pressionar. Agora, da parte da tarde, a escolha de pneus também não quisemos arriscar em demasia com previsão de chuva, mas fizemos um ótimo rali e, lá está, passámos para a frente do campeonato.”
O piloto destacou a importância da consistência ao longo do ano, referindo que o campeonato é uma “prova de resistência de várias provas” onde é fundamental “estar sempre a pontuar”. Esta abordagem tem-se revelado eficaz, permitindo-lhes chegar à reta final com o comando da classificação.
Final de campeonato em aberto: uma tradição no CPR
A decisão do Campeonato de Portugal de Ralis na última prova, o Rali Vidreiro, já se tornou uma tradição. “Para nós é muito importante, demonstramos que estamos a fazer um bom trabalho ao longo do ano”, salientou Araújo. A emoção e o nervosismo são inerentes a estes momentos decisivos. “Vai tudo para a última corrida e estamos a fazer o melhor que podemos. Isso já parece tradição no CPR. Mas isto de chegar à negra é sempre mais, fica-se mais nervoso. Já o ano passado foi assim, tem sido assim.”
Armindo Araújo reconheceu o calibre dos seus adversários, referindo-se à luta contra “dois pilotos do mundial com condições fora do normal”. Contudo, a equipa mantém-se focada nos seus objetivos: “Sinal que estamos a trabalhar bem. Sabemos que estamos a lutar contra dois pilotos do mundial com condições fora do normal e nós estamos a fazer aquilo que podemos com as condições que temos e, lá está, chegamos aqui a liderar o campeonato e vamos decidir tudo agora na última prova.” A expectativa é de um Rali Vidreiro emocionante, onde a experiência e a gestão da pressão serão cruciais para a consagração do campeão.