Arquivo Pessoal

Ozires Paulo transforma amor pelo Pantanal em obras internacionais

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Ozires Paulo transforma amor pelo Pantanal em obras internacionais

O artista visual Ozires Paulo de Almeida, 49 anos, nasceu em Poconé, no coração de Mato Grosso, e cresceu na zona rural da comunidade Barreirinho. Foi naquela região, entre o verde do Pantanal e a simplicidade do campo, que nasceu sua paixão pela arte. Ainda criança, aos 10 anos, ele já rabiscava cadernos e folhas, imitando os desenhos animados que via na televisão em preto e branco.

A mudança para Várzea Grande trouxe novas oportunidades e, com elas, a possibilidade de se aprofundar no aprendizado artístico por conta própria. Entre riscos sobre riscos e ampliações de desenhos, Ozires desenvolveu sua técnica e começou a enxergar a arte não apenas como hobby, mas como um caminho que poderia transformar sua vida.

Embora amigos e familiares o incentivassem a viver da arte, ele só decidiu, em 2004, explorar essa possibilidade profissionalmente. Começou pintando garrafas de vidro com imagens da natureza pantaneira, patrimônios religiosos e personalidades históricas do Brasil, atraindo atenção de veículos de imprensa locais.

Seu talento abriu portas importantes: com o apoio do primo Padre Deusdédit, Ozires estudou com mestres portugueses e brasileiros, adquirindo técnica e conhecimento sobre a história da arte. O ápice veio em 2007, com sua primeira exposição individual no Sesc Arsenal, chamada “Brasileirismo”, e a pintura da obra “Mato Grosso, Terra de Rondon”, que hoje decora a Sala de Reuniões do Palácio Paiaguás.

Os desafios financeiros quase o fizeram desistir. Com a companheira grávida e dificuldades em comercializar seus trabalhos, ele encontrou um novo caminho em 2009, ao conhecer padres italianos que o convidaram a decorar igrejas em Várzea Grande e municípios da região Araguaia. Durante uma década, suas obras levaram cor e história a comunidades de Mato Grosso, consolidando sua reputação.

Em 2015, Ozires começou a explorar novas linhas e cores mais vibrantes, mantendo a essência de sua arte: valorizar e perpetuar a natureza, a fé, a cultura e a história do povo mato-grossense e do Brasil. Em 2019, ele realizou seu primeiro sonho internacional: expor coletivamente em Paris, custeando toda a viagem por conta própria.

Recentemente, em uma nova jornada na Europa, Ozires pintou uma viola de cocho – símbolo da tradição de Mato Grosso – aos pés da Torre Eiffel, que hoje integra o acervo da Embaixada do Brasil na França.

“É uma emoção tão grande quanto quando segurei meus filhos pela primeira vez ou quando vi minha obra no Salão Nobre do Palácio do Governo. Ver crianças, jovens e adultos inspirados pela arte me faz acreditar que todos podemos despertar o artista que existe em nós”, disse Ozires.

Hoje, com apoio de parceiros, familiares e amigos, ele segue pintando, levando cultura e inspiração, provando que talento, fé e perseverança podem transformar sonhos em realidade, seja no Pantanal ou na Europa.

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