Esta segunda-feira, o ministro francês, Jean-Noël Barrot, assegurou à rádio TF1 que “se tais medidas forem tomadas, responderemos com extrema firmeza. Espero que não chegue a esse ponto (…). Não é de forma alguma do interesse deles”.


O reconhecimento do Estado Palestiniano pela França será confirmado com um discurso esta tarde de Emmanuel Macron, em Nova Iorque, por ocasião da abertura da Assembleia-Geral da ONU.

O ministro francês dos Negócios Estrangeiros afirmou hoje que a iniciativa de reconhecer o Estado Palestiniano “serve à segurança de Israel”.

“A sua implementação será gradual e condicionada pelos acontecimentos no terreno, incluindo a libertação dos reféns”, esclareceu Barrot.


O primeiro-ministro israelita condena os países que vão reconhecer esta segunda-feira o Estado dos palestinianos. Benjamin Netanyahu defende que assim se “recompensa o terrorismo”.


Londres não esconde alguma preocupação com a reação de Telavive. Questionada pela BBC se estava preocupada que Israel pudesse retaliar com a anexação de partes da Cisjordânia, a ministra britânica dos Negócios Estrangeiros revela o que já transmitiu ao governo israelita.

“Deixámos claro que esta decisão que estamos a tomar é a melhor forma de respeitar a segurança de Israel, bem como a segurança dos palestinianos (…) Trata-se de proteger a paz, a justiça e, crucialmente, a segurança do Médio Oriente, e continuaremos a trabalhar com todos na região para o conseguir”.

No domingo, o primeiro-ministro britânico juntou o Reino Unido à lista de países que reconhecem o Estado Palestiniano – juntamente com o Canadá, a Austrália e Portugal.

Keir Steimer, ao anunciar o reconhecimento explicou que pretende “reavivar a esperança de paz e de uma solução de dois Estados”. O líder do governo britânico garantiu ainda que o Hamas não pode ter qualquer papel no futuro governo de um Estado palestiniano.

Antes de participar numa conferência na ONU, em Nova Iorque, onde se espera que França e outros países europeus façam um anúncio semelhante, Yvette Cooper disse à BBC que os extremistas de ambos os lados não querem encontrar uma solução de dois Estados.

Por isso, Londres entende que “tal como reconhecemos Israel… também devemos reconhecer os direitos dos palestinianos a um Estado próprio“.

Esta segunda-feira, a França copresidirá uma reunião ao lado da Arábia Saudita para analisar caminho para uma solução de dois Estados.

Marcelo Rebelo de Sousa também participa hoje nessa Conferência Internacional de Alto Nível para a Solução Pacífica da Questão da Palestina, na sede da ONU, em Nova Iorque.

No domingo, o ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros fez na Missão Permanente de Portugal na Organização das Nações Unidas (ONU) a declaração formal de reconhecimento do Estado da Palestina.

Na semana passada, uma comissão de inquérito da ONU afirmou que Israel cometeu e ainda comete genocídio em Gaza.