Vasco Botelho da Costa, treinador do Moreirense (FOTO: Moreirense)
Vasco Botelho da Costa, treinador do Moreirense (FOTO: Moreirense)
Vasco Botelho da Costa diz que, «se pudesse, empurrava este jogo mais para a frente», porque Moreirense já teria «processo mais solidificado»
Depois de um arranque na Liga a todo o gás, com apenas um percalço no caminho, a derrota com o Gil Vicente, o Moreirense tem o primeiro teste de fogo na visita ao campeão Sporting — que tem os mesmos pontos dos cónegos (12) —, o que para Vasco Botelho da Costa é um fator extra de motivação.
«Todos queremos jogar nos grandes palcos. Ir jogar à casa do bicampeão deixa toda a gente motivada. Temos de ter outro tipo de cautelas, porque a baliza do adversário é outra. Queríamos criar condições para disputar cada jogo de forma competitiva e acreditar que podemos ganhar. Se pudesse escolher, empurrava este jogo mais para a frente, mas surge numa altura em que pode ser encarado como um teste para perceber o que podemos impor a um adversário de grande valia. Não é fácil jogar fora, num ambiente muito favorável ao nosso adversário, mas estamos motivados. Temos muita ambição e estamos muito positivos», afirmou em conferência de Imprensa de antevisão da partida.
«Se este jogo fosse daqui a um mês e meio ou dois meses estaríamos com o processo mais solidificado. Já estamos num nível que nos agrada, porque sentimos que estamos a conseguir mostrar qualidade no processo ofensivo e defensivo, com o passar do tempo vamos sair mais ricos e mais capazes. No jogo com o Sporting vão colocar-nos problemas diferentes, temos de passar por eles para saber se teremos capacidade para contrariá-los. Este é um jogo que acreditamos que podemos ganhar, sem arrogância, mas com naturalidade, porque faz parte da nossa a identidade e foi para isso que nos preparámos», reforçou.
Sobre a possibilidade de rotatividade nos leões, foi perentório: «Quem me dera puder rodar como as equipas grandes rodam. Até podem ir às equipas inferiores e encontrar jogadores com qualidade. Preparámo-nos para a ideia do mister Rui Borges. Temos de trabalhar ao máximo para contrariar esse valor e perceber como Sporting está a pressionar. O jogo vai ter sempre três espaços, queremos aproveitar essas vantagens, é difícil tapar o campo todo. Acreditamos na estratégia que delineámos, vai ser um excelente teste.»
Um teste no qual os cónegos não abdicarão dos seus princípios. «Temos sempre de adaptar-nos, porque nunca jogamos sozinhos, mas os princípios queremos sempre manter. Gostamos muito de roubar bolas numa fase alta do campo, nem sempre vai ser possível. Vamos tentar ao máximo jogar o jogo, com a devida consciência de que por vezes não nos vai ser permitido e temos de ter outro tipo de ferramentas. Não acredito em mudanças radicais, muito mais mudanças impostas por nós. Se tiver de ser, que seja por muito mérito do nosso adversário», sublinhou.
Quanto ao início positivo na Liga, que deixa a equipa com os mesmos pontos do Sporting, o jovem técnico contém a euforia: «Foco-me muito no imediato, no dia a dia. Não é por ser uma resposta bonita. Quando chegámos sabíamos que íamos encontrar uma boa base. Quisemos acrescentar a nossa ideia. Se tivesse de fazer projeções perdia o foco no que tem de ser feito. Acreditamos que temos valor para fazer uma época de qualidade. O nosso foco é o imediato, neste jogo, que nos vai permitir mostrar onde nos encontramos no panorama deste campeonato.»