O Presidente francês exigiu a libertação dos reféns do movimento islamita palestiniano Hamas para abrir uma embaixada na Palestina, numa entrevista este domingo (21 de setembro) transmitida pela estação televisiva norte-americana CBS, na véspera de reconhecer o Estado palestiniano.

A libertação dos reféns israelitas ainda em cativeiro na Faixa de Gaza “é uma condição clara antes de abrirmos uma embaixada”, declarou Emmanuel Macron, numa entrevista gravada na quinta-feira em Paris.

França tem um consulado-geral em Jerusalém, que representa o país junto da Autoridade Palestiniana, e a embaixada francesa em Israel fica em Telavive.

Reconhecerá oficialmente o Estado palestiniano, com mais alguns países, incluindo Portugal, na segunda-feira, numa cimeira na sede das Nações Unidas, em Nova Iorque.

Questionado por um jornalista do programa “Face the Nation” sobre se a libertação dos reféns é uma condição para este reconhecimento, Macron respondeu: “Para nós, será uma condição clara antes de abrirmos, por exemplo, uma embaixada na Palestina”.

“Essa condição é a primeira de uma série de pré-requisitos que defenderemos no âmbito do processo de paz. Mas vamos anunciar o reconhecimento de um Estado palestiniano no dia 22 [de setembro]”, respondeu o Presidente francês, numa rara entrevista exclusiva a uma televisão norte-americana.

Antes da cimeira, o Reino Unido, o Canadá e a Austrália reconheceram este domingo oficialmente o Estado palestiniano, um grupo a que também se juntou Portugal.