A vereador da Mobilidade da Câmara de Braga, Olga Pereira, disse hoje, no âmbito do Portugal MobiSummit 2025, que decorreu na cidade, que “cerca de 70% dos bracarenses usam o carro no seu dia a dia”.
“Uma boa parte desses utilizadores faz menos de 3 km e, portanto, é necessário um transporte de alta capacidade para fazer face a este problema”, referiu a presidente dos Transportes Urbanos de Braga (TUB), aludindo ao ‘metrobus’.
Olga Pereira destacou que Braga foi “a cidade que mais cresceu nos últimos 10 anos e que isso tem consequências a nível da mobilidade urbana”.
O Centro de Juventude de Braga recebeu uma conferência com o tema “Porquê o BRT?”, onde se debateu se este era o melhor sistema para implementar tanto em Braga como no resto do país.
Em comunicado, autarquia sublinhou que “todos os oradores concordaram que este é um sistema que beneficia as cidades e os utilizadores de transportes públicos, procurando desmistificar a ideia de que este não passa de um autocarro com uma via dedicada”.
“Entre os benefícios do BRT destacaram-se a capacidade de transportar um elevado número de passageiros, reduzir o tempo de paragem nas estações, para além do conforto que este tipo de veículos oferece e do menor investimento necessário quando comparando com outros sistemas de mobilidade coletiva, como por exemplo o metro ligeiro de superfície”, lê-se na mesma nota enviada às redações.
O painel contou com a presença de Olga Pereira, presidente dos TUB e vereadora para a mobilidade do município, João Marrana, presidente do Metro do Mondego, Tiago Braga, presidente da Metro do Porto, e Rui Rei, presidente da Parques Tejo, do município de Oeiras. Foi ainda partilhada a experiência de Curitiba, no Brasil, o local de nascimento global do BRT, nos anos 1970.
Foto: CM Braga
A sessão marcou também o encerramento da Semana Europeia da Mobilidade, que decorreu entre 16 e 22 de setembro.