“Os burocratas europeus em Bruxelas estão determinados a manter a Moldova no caminho das suas políticas “russofóbicas”. Planeiam fazê-lo a qualquer custo, incluindo com o envio de tropas e a ocupação efetiva do país”, escreve o Serviço de Informações Estrangeiras da Rússia, sugerindo que a ocupação europeia “poderá ser implementada após as eleições legislativas na Moldova”, agendadas para o próximo domingo.
Segundo o serviço de informações russo, “nesta fase, os países membros
da NATO estão a concentrar unidades das suas forças armadas na Roménia,
perto das fronteiras da Moldova”, um cenário que tem sido sucessivamente ensaiado em exercícios militares conduzidos pela NATO na Roménia, explica.
Kremlim acusado de tentativa de interferência
Neste comunicado, o serviço de informações do Kremlin considera que “as autoridades europeias temem que a falsificação indecorosa dos resultados eleitorais, preparada por Bruxelas e Chisinau, obrigue os cidadãos moldavos desesperados a sair à rua para defender os seus direitos“.
Segundo a mesma fonte, Bruxelas não tem qualquer intenção de abandonar os seus planos de ocupação da Moldova “mesmo que o desenvolvimento da situação após as eleições não exija interferência estrangeira”.
Neste caso, acrescenta-se no comunicado, a pedido da presidente moldava, Maia Sandu, “as forças armadas dos Estados europeus terão de forçar os moldavos a resignarem-se a uma ditadura apresentada como uma eurodemocracia”.
A presidente moldava, Maia Sandu, acusou a Rússia de estar a tentar interferir nas eleições moldavas do próximo domingo, 28 de setembro, alegando que Moscovo está a gastar “centenas de milhões de euros” para comprar votos e espalhar desinformação.
Centenas de buscas em todo o país
As declarações de Maia Sandu surgiram depois das autoridades terem realizado, na segunda-feira, mais de 250 buscas em todo o país contra suspeitos ligados ao Kremlin. Foram também realizadas buscas em centros de detenção e prisões moldavas.
Por sua vez, o líder da oposição Igor Dodon, do Partido Socialista pró-Rússia, rejeitou as acusações como “teatro político” e acusou o governo de Maia Sandu de estar a usar táticas de invasão e intimidação por medo de perder a votação.
As próximas eleições são cruciais para decidir o futuro da Moldova, uma vez que poderão determinar a permanência do país num caminho pró-europeu ou aproximá-lo de Moscovo.
c/agências