Texto indica medidas de controle do LDL, conhecido como colesterol ruim.phonlamaiphoto / stock.adobe.com
Metas mais rigorosas contra o colesterol e a criação da categoria de “risco extremo” são novidades apresentadas na atualização da Diretriz de Dislipidemias e Prevenção da Aterosclerose. O documento foi lançado pela Sociedade Brasileira de Cardiologia nesta quarta-feira (24) e substitui a versão de 2017.
De acordo com o g1, a principal mudança está no LDL, popularmente chamado de “colesterol ruim”. Pacientes que já viveram múltiplos eventos cardiovasculares passam a integrar a categoria risco extremo, com uma meta de menos de 40mg/dl.
- Baixo risco: menor que 115 mg/dL (antes era menor que 130 mg/dL)
- Intermediário: menor que 100 mg/dL (sem alteração)
- Alto: menor que 70 mg/dL (sem alteração)
- Muito alto:
- Extremo:
Para definir as metas dos pacientes, a diretriz recomenda o uso de cálculos mais completos de risco cardiovascular em 10 anos, como o escore Prevent, da American Heart Association. O modelo leva em consideração fatores como idade, sexo, histórico clínico, índice de massa corporal (IMC) e função renal.
Após o médico inserir as informações, o sistema calcula a probabilidade de um infarto ou AVC em 10 anos.
O documento recomenda que todos os adultos façam pelo menos uma vez na vida a dosagem da lipoproteína(a), ou Lp(a), marcador associado a risco elevado de infarto e Acidente Vascular Cerebral (AVC). Valores acima de 125 nmol/L ou 50 mg/dL indicam elevação significativa.
O exame, no entanto, ainda não está disponível no Sistema Único de Saúde (SUS) nem tem cobertura ampla nos planos de saúde.
Para pacientes com risco considerado alto, muito alto e extremo, o documento recomenda iniciar uma terapia combinada de estatina com outros medicamentos.
Além dos medicamentos, a diretriz reforça a importância de medidas como alimentação equilibrada, prática regular de exercícios, abandono do tabagismo, controle do peso e moderação no álcool.