Sabia que há filmes que conectam o Studio Ghibli e a Pixar? Acontece que o estúdio de animação japonês já serviu de inspiração para a criação de uma animação da concorrente de premiações, bem como conta com diversos títulos referenciados em longas-metragens por meio de easter eggs inesperados.
Um dos projetos animados que se encaixam no último exemplo é ‘Meu Amigo Totoro’ (1988), o qual ganha uma alusão na franquia que trouxe o primeiro filme de longa duração da Pixar, bem como o primeiro da história a ser feito completamente por computador: ‘Toy Story’, mais precisamente no terceiro filme, o qual estreou nos cinemas em 2010.
Como surge a referência? Bem, essa ocorre com a inclusão de um personagem criado pela imaginação de Hayao Miyazaki na trama que apresenta a aventura de Woody, Buzz Lightyear e diversos outros brinquedos ganham vida quando os humanos não estão por perto na creche Sunnyside.
Quem é o personagem de ‘Meu Amigo Totoro’ que aparece em ‘Toy Story’?
A figura em questão é um espírito da floresta que aparece no título da animação da década de 80, visto que Totoro surge em diversas cenas que acontecem no quarto de Bonnie, já que a versão de pelúcia dele é um dos brinquedos da garota.
Apesar de não ter falas, ele está sempre junto aos bichinhos de pelúcia apoiando Woody na missão de resgatar seus amigos da creche Sunnyside, a qual é controlada por Lotso, o urso rosa que enganou a todos com seu cheiro de morango e visual fofo que escondiam atitudes tirânicas motivadas por um trauma passado.
Ele também está na cena final de “Toy Story 3”, quando Andy aparece para doar todos os seus brinquedos para Bonnie, já que não terá mais tempo de criar mundos imaginários com os seus antigos companheiros de brincadeiras por estar amadurecendo, afinal, ele está indo para a faculdade; veja:
Por que acontece a referência acontece?
A motivação da referência nunca foi comentada pelos profissionais envolvidos no projeto, mas é possível que tenha sido incluída em forma de homenagem e admiração, afinal, há um ponto de conexão entre os dois estúdios de animação: a Disney.
Para entender, é necessário lembrar que a Disney tem uma parceria duradoura com a Pixar que culminou na compra da empresa que tem como mascote uma luminária, a qual agora faz parte do selo Disney como uma subsidiária, embora continue a operar como uma entidade relativamente independente.
Além disso, a Disney foi responsável pela dublagem e distribuição de muitos dos filmes da Ghibli em inglês ao longo das décadas de 1990 e 2000, facilitando o acesso à cultura oriental em outras partes do mundo, ajudando a empresa japonesa a se tornar reconhecida mundialmente.
Hoje, o Studio Ghibli não tem mais nenhum vínculo com a Disney, já que conta com a GKIDS para distribuição em inglês. Ainda assim, a antiga parceria traz um ponto de conexão que pode ter facilitado a viabilização da aparição de Totoro.
Mais sobre os filmes
Da empresa que tem como mascote uma luminária, “Toy Story 3” tem direção de Lee Unkrich e hoje está disponível para streaming no Disney+, apresentando a despedida de Andy de seus brinquedos, a qual é marcada por momentos desafiadores quando eles acabam levados à creche Sunnyside por engano.
Já “Meu Amigo Totoro” pode ser visto por assinantes da Netflix, onde a animação tem a seguinte sinopse: “Duas meninas se mudam para o interior do Japão para cuidar de sua mãe doente e fazem amizade com criaturas mágicas que habitam os arredores de seu novo lar.”
Izabela Queiroz, jornalista por paixão e cinéfila de carteirinha. Formada pela UNINOVE, encontrou na escrita o lugar ideal para unir tudo o que mais gosta: filmes, séries e música. Nos textos, há quase sempre referências a algo relacionado à cultura pop que a marcou. Fora deles, a encontrará assistindo histórias com reviravoltas chocantes, romances cativantes e dramas que a fazem chorar.