Na China, investigadores estão a testar uma solução radical para minimizar os danos de um incêndio em veículos elétricos.

Os incêndios em baterias de veículos elétricos, embora estatisticamente menos frequentes do que nos carros com motor de combustão, representam um desafio significativo para os bombeiros quando acontecem. O problema está nas baterias de iões de lítio.

Enquanto um incêndio num motor de combustão pode ser apagado com água e de forma relativamente previsível, nos veículos elétricos a situação é muito mais complexa. Falhas térmicas, sobrecargas ou danos físicos podem provocar a libertação rápida de calor, desencadeando incêndios em cadeia que são difíceis de controlar.

Os incêndios desencadeados por automóveis elétricos ainda são dos mais difíceis de controlar e extinguir.

Para lidar com esta problemática, a China está a explorar soluções inovadoras. O Chinese Vehicle Collision Repair Technical and Research Center, em parceria com a Joyson Electronics, apresentou um conceito curioso: um sistema automático que ejeta a bateria para fora do veículo em menos de um segundo após detetar uma fuga de calor.

Como funciona?

A lógica é simples: ao separar a bateria do carro, reduz-se o risco de o veículo ser consumido pelas chamas, mantendo os ocupantes mais seguros.

No vídeo abaixo é possível ver que a bateria é projetada pela parte inferior do carro, sendo lançada a uma distância entre 3 a 6 metros. Para além de salvaguardar os ocupantes, este sistema permitiria também uma intervenção mais eficaz por parte dos bombeiros.

Para extinguir incêndios em carros elétricos, os bombeiros precisam de recorrer a extintores específicos. Como explica Mário Ferreira, subchefe principal do Regimento de Sapadores Bombeiros de Lisboa, no EP. 45 do Auto Rádio: “estamos a falar de uma tecnologia recente, relativamente nova, em que já não temos as típicas baterias de chumbo e passamos a ter baterias que trabalham com metais reativos, neste caso o lítio. Este é um metal que reage em contacto com o ar, em contacto com a água, e que tem reações violentas”. Leia mais sobre este assunto:

Para implementar?

Apesar de promissor, o sistema ainda exige muitos ajustes. Uma bateria em chamas a ser projetada pelo ar representa riscos para pessoas, veículos e infraestruturas nas proximidades.

Especialistas sugerem que, com sensores, câmeras e inteligência artificial capaz de avaliar o ambiente, o conceito poderia evoluir. Para ser seguro, seria necessário controlar com precisão a força e a direção da ejeção, minimizando o risco de danos colaterais.

Por agora, trata-se de uma solução inicial, mas com o crescimento do mercado de elétricos e a complexidade de lidar com incêndios em baterias, é provável que ideias como esta continuem a surgir nos próximos anos.

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