Nas ruas, os paparazzi têm carimbado spoiler atrás de spoiler. À medida que a sequela de “O Diabo veste Prada” é rodada, o guarda-roupa tem vindo a ser revelado antes do tempo, desfazendo o fator surpresa. Mas se há aparição que os espectadores do desfile Dolce & Gabbana não esperavam, ao arranque da tarde de sábado em Milão, era uma entrada triunfante de Meryl Streep e Stanley Tucci, que é como quem diz Miranda Priestly e o seu braço direito Nigel Kipling, a icónica dupla de protagonistas. Mais do que simples espectadores, ocuparam as suas posições preparando-se para gravar mais uma cena do filme previsto para maio de 2026. E de repente o espectáculo foi convertido num set de filmagens.
A personagem principal do romance de Lauren Weisberger de 2003, interpretado por Streep na adaptação cinematográfica de 2006 do romance, é a poderosa editora-chefe da revista de moda ficcional Runway, numa alusão clara à lendária editora chefe da Vogue, Anna Wintour, que recentemente, ao fim de quatro décadas, cedeu a sua pasta a Chloe Malle. Já sentada no seu lugar, Wintour assistiu à chegada efusiva deste convidados, devidamente protegida pelas suas icónicas lentes escuras. Mas o encontro, cara a cara, entre ambas, haveria mesmo de acontecer e ser registado pelas câmaras, num momento pré-desfile que ficou registado para a posteridade. Anna, como habitual, num vestido maxi floral, e Priestly num trench vinyl com cinto e carteira animal print — também ela sem dispensar os seus óculos escuros.
Entre a assistência no desfile, agora na segunda fila, destaque ainda para a atriz Simone Ashley, que se presume ser a nova assistente de Priestly na próxima longa-metragem.
Este inesperado cameo no desfile (quase) relegou para segundo plano a coleção primavera-verão 2026 da marca liderada pelos fundadores Domenico Dolce e Stefano Gabbana — até porque muitos fãs terão ficado a pensar se a própria Wintour terão porventura direito a cameo no próximo “O Diabo veste Prada”.
Gamma-Rapho via Getty Images
O par criativo retomou o fio à meada das novidades mostradas em junho, voltando a levar alguns dos principais aliados da intimidade para as ruas, incorporando-os com agilidade no vestuário do quotidiano.
Com o devido toque de formalidade conferido por peças como os blazers, os descontraídos pijamas listados sub e sobrepuseram-se ao espartilhos sobre tank tops, cetim, às rendas, bralettes e outras referências sensuais, que dificilmente provocarão bocejos ou darão vontade de ir para a cama antes de tempo. Pelo menos não para dormir.