Um primeiro comunicado a propósito do golo do Gil Vicente na Luz em comparação com aquele que tinha sido anulado na receção ao Rio Ave três dias antes, um segundo comunicado durante o jogo do Sporting com o Estoril a recordar um lance de Di María em Alvalade na temporada de 2023/24, um terceiro comunicado a criticar a dualidade de critérios entre encarnados e leões em termos de arbitragem. Em menos de 48 horas, e com uma escaldante Assembleia Geral pelo meio, o conjunto da Luz apontou a mira aos árbitros que dirigem os encontros dos candidatos ao título, deixando duras críticas aos critérios nas primeiras jornadas.
“O Sport Lisboa e Benfica manifesta a sua indignação perante os sucessivos erros de arbitragem verificados neste início de temporada, que têm produzido um padrão claro: prejuízos constantes para o Benfica e benefícios reiterados para o Sporting, com impacto direto na classificação da Liga”, começa por dizer o texto deste domingo, que coloca o foco em três dos jogos feitos pelos bicampeões nacionais na Liga.
[Ouça aqui a análise do ex-árbitro Pedro Henriques ao Benfica-Gil Vicente na Rádio Observador]
“Estoril-Sporting: foi validado um golo em claro fora de jogo, perante a inação do árbitro e de um VAR que falhou na sua função essencial; no mesmo jogo, ficou por assinalar um penálti evidente contra o Sporting. Famalicão-Sporting: o jogador Gonçalo Inácio deveria ter sido expulso quando o jogo se encontrava empatado; mais uma vez, o árbitro foi complacente, beneficiando o Sporting. Nacional-Sporting: quando o Sporting ainda estava em desvantagem, foi expulso um jogador madeirense de forma unanimemente considerada injusta e exagerada, uma vez que o primeiro cartão amarelo não tinha fundamento”, apontou.
[Ouça aqui a análise do ex-árbitro Pedro Henriques ao Estoril-Sporting na Rádio Observador]
“Ao longo destas jornadas – sem esquecer o que já se verificara no final da época passada – torna-se impossível ignorar o padrão de decisões que favorece sistematicamente o Sporting e penaliza o Benfica. O Sport Lisboa e Benfica entende que esta realidade não pode ser explicada apenas por coincidências ou por meros erros humanos. Exige-se que a Federação Portuguesa de Futebol e o Conselho de Arbitragem atuem com firmeza, garantindo que os princípios da verdade desportiva e da igualdade de tratamento entre clubes sejam efetivamente respeitados”, concluiu o comunicado feito pelo Benfica.
Na noite deste sábado, e através da sua conta oficial na rede X, os encarnados tinham colocado o vídeo do golo de Luis Suárez no Estoril pelo posicionamento de Pedro Gonçalves em posição irregular mas sem ter intervenção na jogada e um golo anulado a Ángel Di María na segunda mão das meias-finais da Taça de Portugal de 2023/24, com o posicionamento de um jogador das águias que acabou por anular a jogada.
Descubram as diferenças.
???? APAF pic.twitter.com/cLTXrHMum3— SL Benfica (@SLBenfica) September 27, 2025
Antes, na sexta-feira, os encarnados tinham desafiado o Conselho de Arbitragem “a uniformizar os critérios que regem a atuação dos árbitros”. “No último jogo com o Rio Ave, o Benfica viu um golo anulado por um pretensa faltinha, sem significado. O primeiro golo do Gil Vicente tem, na sua génese, uma entrada de sola no tendão de Aquiles de António Silva e nada foi assinalado. Que consequências vai o Conselho de Arbitragem retirar desta dualidade de critérios em apenas três dias? Estas atuações que têm sido de um sistemático prejuízo para o Benfica não podem continuar impunes”, frisara a formação da Luz.