Entre as incontáveis contribuições do Led Zeppelin para o rock, há um álbum em especial que até Jimmy Page coloca em um pedestal. Embora a banda tenha atravessado fases distintas – indo do blues pesado ao experimentalismo de “Houses of the Holy” e à grandiosidade de “Physical Graffiti” – o guitarrista reconhece que um de seus trabalhos simplesmente não tem pontos fracos: o lendário “Led Zeppelin IV”, de 1971.
O disco, que não traz o nome da banda na capa, foi uma resposta direta às pressões da gravadora. O quarteto preferiu deixar que a música falasse por si, e o resultado foi um alinhamento raro de criatividade, ousadia e energia. O álbum reúne apenas oito faixas, mas todas elas carregam um peso histórico que o coloca entre os maiores registros de rock já feitos.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE – CLI
Foto: Rhino – Atlantic Records
Page destacou o caráter irretocável da obra em entrevistas passadas: “Acho que cada faixa se provou um clássico absoluto. Nos ensaios, Robert Plant ficou muito quieto enquanto escrevia a maior parte das letras; depois, simplesmente soltou a voz”, recordou o guitarrista (via Far Out).
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE – GOO
“Led Zeppelin IV” e Jimmy Page
De acordo com Tim Coffman, que assina a matéria, o repertório equilibra tributos ao blues tradicional, como em “When the Levee Breaks”, e composições autorais que se tornaram hinos universais. “Stairway to Heaven” e “Black Dog” são os cartões de visita do álbum, mas Page faz questão de lembrar que até faixas menos celebradas, como “Four Sticks” e “Misty Mountain Hop”, revelam lados ousados e pouco convencionais da banda.
“A força do disco se mede também pelo impacto imediato: o riff de ‘Rock and Roll’, a intensidade crescente de ‘Stairway to Heaven’ e a atmosfera mística de ‘The Battle of Evermore’ fizeram dele um registro que transcendeu sua época. Não à toa, é citado como o momento em que o Led Zeppelin capturou a perfeição em estúdio”, conclui.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE – CLI