Depois de um dia “muito incerto”, com “nuvens muito dinâmicas” e luz em carrossel, a resistência em arrumar o material para descer pelas vezeiras de Fafião “valeu a pena”: sobre a serra do Gerês, “começou a formar-se uma tempestade de trovoada com nuvens muito carregadas de azul-escuro, que contrastavam com os últimos pontinhos com sol”, paisagem captada pela lente de Ricardo Moura que lhe valeu o 1º lugar na categoria Parque Nacional da Peneda-Gerês no concurso fotográfico do Iris – Festival de Imagem de Natureza do Gerês.

A paisagem que se vê na fotografia panorâmica, à qual deu o título de Última luz, é Porta Ruivas, “com a encosta sul do vale do rio Homem no alto”, detalha à Fugas. Natural do Soajo, Ricardo Moura vive no Porto, onde trabalha como engenheiro electrotécnico. “A fotografia é mesmo um gosto pessoal que tenho vindo a desenvolver nos últimos tempos.” Sempre que pode, escapa para o Soajo e o único parque nacional do país “é o sítio onde mais fotografa”, o que “também reforça o quão especial foi receber este prémio nesta categoria”.

Iris – Festival de Imagem de Natureza do Gerês decorreu este fim-de-semana, 27 e 28 de Setembro, na vila do Gerês. Entre palestras, a apresentação do livro Barbas del Diabo, de Mário Cunha, e um passeio fotográfico, a quinta edição voltou a premiar as melhores fotografias apresentadas a concurso, nas categorias Parque Nacional da Peneda-Gerês, Paisagem Natural e Vida Selvagem. Conheça as imagens e fotógrafos vencedores na fotogaleria.