Lídia Barata – 30/07/2025 – 17:00
Quando se apresenta um livro, a obra é muitas vezes o pretexto para reforçar laços”. Foi deste modo que Teresa Reis se dirigiu à plateia “de amigos” que esteve na apresentação do seu mais recente conto infantil.
Sessão decorreu na biblioteca com muitos amigos
Quando se apresenta um livro, a obra é muitas vezes o pretexto para reforçar laços”. Foi deste modo que Teresa Reis se dirigiu à plateia “de amigos” que, dia 19 de julho, acorreu à Biblioteca Municipal da Covilhã para participar na apresentação do seu mais recente conto infantil, intitulado “Era uma vez…o Inverno”.
Regina Gouveia, vereadora da Cultura do Município da Covilhã, concorda com o reforço de laços de amizade, sobretudo “quando se trata da Teresinha, que foi professora do primeiro ciclo, mas que continua a fazer trabalho voluntário na prisão, para recuperar um pouco do que as pessoas que estão lá têm de melhor e, muitas vezes, como as sementes no inverno, podem surgir novos frutos”. Para a autarca, a escrita de Teresa Reis contém sempre “a dimensão dos afetos, mas também a dimensão educativa, que sustenta a matriz da sua vida”.
O livro, fala da importância da natureza, da sua preservação, valorização e dos seus mistérios. O valor da família, traduzido num diálogo entre avô e neta, destaca a importância destes laços. “Hoje a vida dos avós também se alterou e perdeu-se um pouco da sua dimensão na educação das crianças”, reconhece a autora. Mas neste diálogo, que mais parece um inquérito da neta ao avô, com alguma subtileza, as respostas do idoso despertam para o conhecimento científico, ao explica o fenómeno da trovoada e o ciclo da natureza, ao ponto de a neta assumir que quando crescer quer ser investigadora, pela curiosidade que nela despertaram as palavras do avô. “As palavras inspiraram quem ilustrou, o que destaca também o perfil poético deste trabalho”, afirma, reiterando que “muitas vezes o livro é só o pretexto e o contexto para reencontros e reforçar laços de amizade”. Tal como a família assume aqui um papel muito importante está sempre presente. O vento começou com uma canção dedicada às crianças, interpretada pelo irmão da autora que, no final, entoou o poema “Encontro”, que Teresa Reis dedicou aos reclusos.
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