O Chega confirma que André Ventura não vai marcar presença na ação de campanha do partido na freguesia de Ajuda, em Lisboa. Na nota enviada aos jornalistas não é apresentada qualquer razão, mas a deputada Rita Matias garante que o líder “está a desempenhar um conjunto de ações fundamentais para o partido”. Não há informação de quando vai regressar à estrada, apenas de que será “nos próximos dais”.
Já esta manhã, Ventura esteve ausente da Assembleia da República na votação das alterações à lei de estrangeiros, assunto prioritário para o Chega, como se viu pelas negociações que decorreram ao longo do fim-de-semana com o Governo e pelos apelos a que o PSD recuasse em algumas matérias, nomeadamente no acesso a apoios sociais por parte de imigrantes que chegam ao país. Sem que nada o fizesse prever, o presidente do partido não ocupou o lugar no hemiciclo e nem sequer apresentou o recurso ao arquivamento das queixas contra Hugo Soares, secretário-geral social-democrata acusado de ameaças físicas ao deputado Pedro Frazão.
O líder do Chega também não apareceu na ação de campanha do Chega em Colares, Sintra, apesar da indicação de que estaria presente. Rita Matias, candidata pelo Chega à Câmara Municipal de Sintra, fez-se acompanhar pelo líder parlamentar Pedro Pinto, e justificou que André Ventura “está a desempenhar um conjunto de ações fundamentais para o partido, que poderá dar a conhecer mais tarde, em momento oportuno”. A mesma versão foi apresentada por Pedro Pinto, que diz que Ventura “está a fazer o seu caminho e a trabalhar pelo país”.
Ambos lembraram que muitas vezes o Chega é descrito como um partido de um homem só, mas que quando Ventura está ausente, esse facto é sempre assinalado. Pedro Pinto afirmou ainda que o secretário-geral do PSD representa o partido várias vezes em ações de campanha e nunca lhe são feitas perguntas sobre o paradeiro de Luís Montenegro.
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