Yohan Rossel mostrou-se filosófico após o desfecho cruel que marcou o fim da sua aspiração ao título WRC2 no Rally Chile Bio Bío. Um problema mecânico impediu o piloto da Citroën de concluir a sua última prova pontuável, afastando-o definitivamente da luta com Oliver Solberg. O francês, que já assumiu que a prova chilena foi a última “com a Citroën após seis anos”, disse ao DirtFish, pode tornar-se o primeiro piloto oficial Lancia em 2026, pois como se sabe o Citroën C3 Rally2 será substituído pela Lancia Ypsilon HF Integrale Rally2 em 2026, embora a informação ainda não seja oficial.

Campanha sólida e evolução notável

O resultado no Chile foi um final amargo para aquela que foi, para Rossel, uma das temporadas mais completas no WRC2. O francês iniciou o ano em grande, dominando e vencendo pela terceira vez o Rallye Monte-Carlo, protagonizando um pódio familiar onde também destacou o irmão mais novo, Léo. Daí em diante, manteve o ritmo competitivo em todos os tipos de terreno, somando triunfo nas Canárias, segundo lugar em Portugal, terceiro na Grécia e novo pódio — desta vez como vice-campeão — no Paraguai. Especialista em asfalto, Rossel evidenciou-se em 2025 como um verdadeiro polivalente, contribuindo para exibir a crescente versatilidade do Citroën C3 Rally2.

Desafios técnicos e limitações enfrentadas

Apesar dos sucessos, Rossel reconhece que persistem obstáculos. “Sem dúvida, os pneus novos de 2025 não nos favorecem nem a mim nem ao carro em termos de rapidez”, admitiu. “Precisamos adaptar-nos com mais testes e compreender o que podemos fazer para lutar com a Toyota. Por agora, a diferença é demasiado grande”.

O percurso competitivo de Yohan Rossel neste ano mostra uma clara evolução e ambição constante, mesmo diante dos azares inesperados que tornam os ralis um desporto singular e imprevisível.