É uma das bibliotecas onde estão guardados exemplares raros, como uma primeira edição de “Os Lusíadas”, de Camões. A Biblioteca Joanina, mandada construir por D. João V, na Universidade de Coimbra, guarda 30 mil livros que vão agora, gradualmente, ficar disponíveis à distância de um clique.
Até 2030, o acervo vai ser digitalizado. Ao todo serão criadas entre “18 a 20 milhões de imagens”, diz em entrevista à Renascença Delfim Leão. Segundo o vice-reitor da Universidade de Coimbra, trata-se de um “desafio”.
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“Não se tratava apenas de mudar o suporte dos livros, de suporte impresso para o digital. Trata-se também de uma oportunidade de testar soluções tecnológicas, utilizando por exemplo a Inteligência Artificial”, indica.
Delfim Leão dá exemplo do que pode vir a acontecer. “Um livro está numa língua, imaginemos francês, português, ou numa língua mais antiga, e pode-se transferir para uma língua próxima e depois traduzir para qualquer outra língua moderna”. Esta tradução faz com que a Biblioteca Joanina passe a estar acessível a qualquer um, em qualquer parte do mundo.
A plataforma de digitalização, que é apresentada esta sexta-feira, em Coimbra, já começou no entanto, o seu trabalho “há cerca de ano e meio”, explica o vice-reitor com o pelouro da Cultura.