Localizada no deserto de Negev, no sul de Israel, a prisão de Ketziot é onde se encontram os quatro cidadãos portugueses detidos pelas autoridades israelitas após tentarem furar o bloqueio a Gaza a bordo da flotilha humanitária.
A cerca de 72 quilómetros de Bersheba e já perto da fronteira com o Egipto, a prisão de Ketziot chegou a ser o maior campo de detenção gerido pelo exército israelita. Durante a Primeira Intifada (uma revolta da população palestiniana contra israelitas), chegaram a estar ali três quartos dos palestinianos detidos pelo exército israelita e mais de metade de todos os palestinianos detidos no país.
Ao todo, o complexo da prisão tem 40 hectares, sendo o maior em todo o território israelita. Em 1990, segundo a Human Rights Watch, um em cada 50 homens palestinianos (incluindo Gaza) com mais de 16 anos estava ali detido. Acabaria por ser encerrada em 1995, tendo sido reaberta em 2002, ano da Segunda Intifada.
Agora, foi lá que o regime israelita colocou a líder do Bloco de Esquerda, Mariana Mortágua, a atriz Sofia Aparício, e os dois ativistas Miguel Duarte e Diogo Chaves. Segundo confirmou ao DN fonte do MNE, a embaixadora em Israel visitou-os nas instalações e confirmou que todos “estão bem de saúde”, apesar das condições “difíceis” no centro de detenção.
Segundo uma publicação de Joana Mortágua no X, a porta-voz bloquista comunicou através do cônsul e alega estar “numa cela com 12 [pessoas]” e “sem comida nem água há 48 horas”.