A temporada ainda não começou em termos oficiais, a polémica já anda no ar. E, neste caso, nem foi preciso a bola começar a rolar ou haver algum caso em concreto para essas mesmas críticas – bastou a nomeação de Fábio Veríssimo para a final da Supertaça no Estádio do Algarve entre Sporting e Benfica esta quinta-feira às 20h45. Num comunicado curto com apenas quatro pontos, os encarnados deixaram vários reparos à aposta no árbitro da Associação de Futebol de Leiria, recordando alguns encontros da última temporada.
Árbitro Fábio Veríssimo vai dirigir Supertaça entre Sporting e Benfica
“Facto 1: O árbitro nomeado para apitar a Supertaça, Fábio Veríssimo, foi quarto classificado na temporada passada entre os 24 árbitros da Primeira Liga. Facto 2: Na época passada, Fábio Veríssimo foi o árbitro que mais apitou o Sporting: seis vezes. Ficaram célebres os erros em Famalicão e na Vila das Aves que beneficiaram o Sporting”, começou por apontar o conjunto da Luz, numa nota deixada nos meios do clube.
“Facto 3: Apenas por duas vezes apitou o Benfica, que perdeu os dois jogos em questão. Facto 4: Fábio Veríssimo foi o árbitro do dérbi Sporting-Benfica da 1.ª volta e ignorou um penálti evidente sobre Álvaro Carreras”, acrescentou o mesmo texto dos encarnados, que surge 24 horas após ser conhecida a nomeação e que viria mais tarde a ser alterado com a troca do nome do lateral espanhol pelo de Leandro Barreiro.
4 Factos quanto ao primeiro jogo oficial da época:
Facto 1: O árbitro nomeado para apitar a Supertaça, Fábio Veríssimo, foi quarto classificado na temporada passada entre os 24 árbitros da Primeira Liga.
Facto 2: Na época passada, Fábio Veríssimo foi o árbitro que mais apitou…
— SL Benfica (@SLBenfica) July 29, 2025
De recordar que, depois de toda a polémica que se seguiu à final da Taça de Portugal no Jamor também com os leões, nomeadamente com a não expulsão de Matheus Reis após pisar a cabeça de Andrea Belotti (a que se seguiram queixas de vários jogadores leoninos, com Geovany Quenda e Zeno Debast a serem castigados com um jogo ainda por situações relativas aos festejos pela conquista do Campeonato e Matheus Reis a apanhar cinco encontros de suspensão, entre mais processos que ainda decorrem), o Benfica voltou a abordar essa decisão a meio de julho, neste caso para recuperar as comunicações VAR desse encontro.
Vermelho e branco no Estádio Algarve! ????❤️????
Quinta-feira é dia de #Supertaça! ???? pic.twitter.com/MsetoUpCV9
— SL Benfica (@SLBenfica) July 29, 2025
“Estádio Nacional do Jamor, dia 25 de maio de 2025. O Benfica vencia a final da Taça de Portugal por 1-0, quando, aos 90.04.27 minutos, junto à bandeirola de canto do lado direito do ataque das águias, Belotti, caído no relvado, foi deliberadamente pisado na cabeça pelo sportinguista Matheus Reis, que tinha de ser expulso com cartão vermelho direto. No terreno, a equipa de arbitragem não sancionou; na Cidade do Futebol, a equipa de VAR adulterou a verdade desportiva na decisão da prova. O recente acórdão do Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Futebol confirma os erros cometidos pelo VAR Tiago Martins e pelos seus assistentes Vasco Santos e Sérgio Jesus na final da Taça de Portugal 2024/25, em evidente prejuízo do Benfica”, começou por referir esse comunicado a 13 de julho.
‘Como o VAR impediu o Benfica de ganhar a Taça de Portugal’
— SL Benfica (@SLBenfica) July 13, 2025
“Cerca de mês e meio após a realização do desafio, a transcrição dos diálogos ocorridos (durante mais de dois minutos) na sala do VAR relativamente ao pisão deliberado de Matheus Reis na cabeça de Belotti provam o corrompimento dos factos e da verdade desportiva. Vendo o lance na Cidade do Futebol, o VAR Tiago Martins começa por desvalorizar o incidente com expressões como ‘siga’ e ‘foi sem querer’, mas acaba por solicitar mais imagens, quer rever sob outro ângulo: ‘Mas vai lá, vai lá a essa baliza, vá, mete lá’”, prosseguiu, antes de descrever as comunicações existentes até o jogador do Sporting passar ao lado de uma sanção.
“Após revisão, Tiago Martins não tem dúvidas: ‘Isto é vermelho, isto é vermelho, eu vou chamar’. O primeiro AVAR assistente, Vasco Santos, concorda com a apreciação do VAR: ‘Para mim, é vermelho’. O segundo AVAR assistente, Sérgio Jesus, informa que ‘o jogo recomeçou’. ‘Para mim, é vermelho’, reafirma Vasco Santos. Sérgio Jesus argumenta: ‘Mas o jogo já tinha recomeçado, não podes intervir’. Vasco Santos contrapõe: ‘O jogo está interrompido, é conduta violenta’. Tiago Martins decide que tem de comunicar com Luís Godinho: ‘Eu vou chamar, mete lá as imagens, isto é conduta violenta’. ‘Foi antes de ele interromper, […] exatamente, já não pode’, considera, então, Vasco Santos. E Sérgio Jesus tenta demover o VAR: ‘Está o jogo a decorrer, entretanto, recomeçou’. Tiago Martins reforça: ‘É conduta violenta na mesma, a bola não está lá, é pisão na cabeça’. Decorridos nove segundos, Tiago Martins abdica de discutir com os AVAR e desiste da intenção de alertar o árbitro Luís Godinho relativamente à conduta violenta de Matheus Reis: ‘Ok, tudo bem, vá, siga’. O jogo prosseguiu, e os erros tiveram impacto direto no resultado da partida, impedindo o Benfica de ganhar, privando-o de um título que lhe pertenceria por mérito próprio”, apontou.
[Horas depois do crime, a polícia vai encontrar o assassino de Issam Sartawi, o dirigente palestiniano morto no átrio de um hotel de Albufeira. Mas, também vai descobrir que ele não é quem diz ser. “1983: Portugal à Queima-Roupa” é a história do ano em que dois grupos terroristas internacionais atacaram em Portugal. Um comando paramilitar tomou de assalto uma embaixada em Lisboa e esta execução sumária no Algarve abalou o Médio Oriente. É narrada pela atriz Victoria Guerra, com banda sonora original dos Linda Martini. Ouça o segundo episódio no site do Observador, na Apple Podcasts, no Spotify e no Youtube Music. E ouça o primeiro aqui]