“A Escrita como Uma Faca”, Annie Ernaux
Em 2022, a francesa Annie Ernaux ganhou um Prémio Nobel da Literatura graças “à coragem com que desvenda as raízes, os distanciamentos e as restrições coletivas da memória pessoal”. Em outubro chegou finalmente a Portugal uma das suas obras, “A Escrita como Uma Faca”, que é, de certa forma, uma colaboração com Frédéric-Yves Jeannet.
Durante cerca de um ano, sem qualquer regularidade ou guião predefinido, o escritou enviou perguntas e reflexões sobre os seus textos a Ernaux. Foi este o ponto de partida para a obra que é, essencialmente, um relato introspetivo sobre o modo como a autora de “Os Anos e O Acontecimento” olha para a palavra e o seu registo e, em particular, a sua missão.
“Tenho a sensação de que, no meu caso, na minha situação de trânsfuga, a escrita é aquilo que posso fazer de melhor, como ato político e como dádiva”, explica a própria.
“Com mais de cinquenta anos de vida literária, que lhe mereceu em 2022 o Prémio Nobel da Literatura, Annie Ernaux revela neste livro o seu olhar sobre o mundo e o seu método de trabalho, onde o intimista se torna universal, onde a palavra se torna arma”, avança a sinopse.
Tem 152 páginas e está a 14,99€.

