REPORTAGEM | A realidade oculta do casamento infantil
Exclusivo: Relatório revela a realidade oculta do casamento infantil. Três raparigas partilham o impacto disso nas vidas delas
por Sashikala VP e Carlotta Dotto, CNN | ilustrações de Petra Eriksson
NOTA DO EDITOR Esta história faz parte de As Equals, uma série da CNN sobre desigualdade de género. Para obter informações sobre como a série é financiada e mais detalhes, consulte as nossas Perguntas Frequentes (FAQs)
Desde criança, Rehana, agora com 17 anos, sonhava em sustentar a sua família. Filha única de pais com dificuldades financeiras no Bangladesh, diz: “Sempre pensei ‘não tenho irmão, quem é que vai tomar conta dos meus pais?'”. Queria assumir essa responsabilidade, mas aos 14 anos as suas ambições ficaram em stand by quando uma família influente na comunidade propôs um casamento.
“Eu não percebia o que era casar-me… Eu gostava de estudar. Estava sempre a estudar”, conta à CNN.
Rehana, cujo nome foi alterado, tornou-se, em vez disso, uma das cerca de 38 milhões de raparigas no país — e 650 milhões de raparigas em todo o mundo — que se casaram ou viviam em união antes de completarem 18 anos.
A experiência de Rehana é uma das mais de 250 registadas como parte de um novo relatório publicado recentemente e partilhado em exclusivo com a CNN, que proporciona uma visão sobre a vida quotidiana de raparigas em todo o mundo que se casaram ou entraram em uniões quando crianças — algumas com apenas 12 anos. As uniões em questão são casamentos informais ou coabitações, não reconhecidas por lei, mas consideradas oficiais pelas comunidades.
O relatório “State of the World’s Girls 2025”, da ONG global Plan International, revela como estas relações deixam as raparigas vulneráveis para o resto das suas vidas. Analisou 15 países com altas taxas de casamento infantil na América Latina, Médio Oriente, África e Ásia e descobriu que, em todos eles, os defensores acreditam que tais casamentos e uniões não estão a ser fiscalizados pelas autoridades, apesar de muitas vezes existirem leis em vigor, e as necessidades das jovens noivas não estão a ser ouvidas.
Os investigadores entrevistaram mais de 250 raparigas que se casaram ou entraram em união antes dos 18 anos — agora com idades entre 15 e 24 anos —, bem como mais de 240 ativistas do casamento infantil. Descobriram que um número significativo está sob o controlo de cônjuges mais velhos, enfrenta violência do parceiro e não está a estudar nem empregada. Muitas tornaram-se mães em tenra idade e só têm um mínimo de autonomia nas suas vidas, incluindo nas suas escolhas sexuais e reprodutivas.
Os relatos também esclarecem as diversas razões do casamento infantil, que nem sempre são forçadas pelos pais ou comunidades, mas sim por circunstâncias sociais e económicas ou pela falta de opções alternativas. E entre as inquiridas, mais de uma em cada quatro raparigas procurou o divórcio, deixou o casamento ou viu o seu casamento terminar — mas mais tarde viu-se despreparada para um futuro novo e incerto.
“As raparigas estão a entrar no casamento infantil por muitas razões diferentes e depois optam por sair, sempre que possível. Isto sublinha o que temos vindo a dizer há muitos anos: o casamento infantil não oferece um caminho melhor para as raparigas”, sublinha Zoe Birchall, líder global de campanhas e mobilização na Plan International. Mas “as raparigas podem enfrentar estigma e abuso por parte das suas comunidades por abandonarem um casamento”.
A CNN falou com três raparigas — uma do Bangladesh, uma da Zâmbia e uma do Equador — casadas ou em uniões pelas idades de 14, 16 e 15 anos, respetivamente. Partilharam as realidades do ambiente em que cresceram e porque viram o casamento como uma forma de melhorar o seu futuro.
Os nomes foram alterados e as ilustrações são anónimas para garantir a segurança das visadas.
Rehana, Bangladesh
Casou-se aos 14, divorciou-se aos 15. Diz que enfrentou intimidação e abuso diários
“Quando me casei estava com muito medo. Tinha apenas 14 anos”, diz Rehana, agora com 17 anos, que vive num bairro de lata urbano no Bangladesh. Aqui, casar tão jovem é comum, diz ela, apesar das leis de casamento infantil em vigor desde 1929. A jovem noiva recorda ter tido de dormir numa casa nova com uma nova família logo após o casamento, tendo sempre dormido com a sua mãe em casa até então. “A minha mãe é como uma melhor amiga para mim.”
Rehana explica que as mulheres e raparigas enfrentam assédio regular nas ruas onde vive e uma forma que as famílias acreditam ter de proteger as filhas é casá-las jovens. Rehana conta à CNN que muitas raparigas fogem e casam-se elas próprias. Investigações mostram que isso é muitas vezes devido ao medo do casamento infantil, com algumas raparigas a escolherem fugir com namorados da sua idade em vez de serem forçadas a casar com um homem mais velho. A mãe de Rehana, Farida, diz que, para evitar isso, os pais como ela sentem-se pressionados a casar as suas filhas ainda mais jovens.
Quando criança, Rehana gostava de estudar e esperava um dia entrar no mundo dos negócios, algo que os pais incentivaram-na a fazer, até que receberem uma proposta de uma família influente na comunidade. Queriam que Rehana se casasse com um rapaz de 17 anos. A união era uma boa oportunidade para a família de Rehana, cujo único rendimento vinha do pai, um condutor de riquexó. Tinham dificuldades em sobreviver, diz Farida, mas nunca comprometeram a educação da filha.
A família abastada parecia oferecer boas perspetivas e, o que era importante, os futuros sogros prometeram aos pais de Rehana que a filha seria bem tratada e teria a sua educação financiada. Também lhes garantiram que ela não teria de viver com o filho até completar 18 anos. A futura sogra concordou com todas as condições, diz Rehana: “Tudo o que dizíamos, ela dizia que sim”.
Um casamento muçulmano ocorreu no prazo de três semanas e a família diz que alterou os documentos para aumentar a idade da filha e registar o casamento legalmente. Um especialista local da Plan International confirmou que isto é comum.
Ao recordar o dia, tanto Rehana como a sua mãe ficam emocionadas. Rehana explica que não se queria casar, mas faria tudo aquilo de que os seus pais precisassem. Farida, também com lágrimas nos olhos, descreve como a sua filha estava linda, como as pessoas comentavam: “É tão bonita. É como uma boneca”.
Mas logo após a união, Rehana diz que as promessas foram quebradas e o abuso psicológico e o assédio começaram.
Rehana diz que a família a manteve em casa deles por longos períodos e proibiu-a de ir à escola, questionando porque é que ela precisava de educação se eles não a deixariam trabalhar de qualquer maneira. Mais tarde também a impediram de ver amigos, pressionaram-na a usar uma burca e intimidaram-na a cumprir o que esperavam delas, usando as suas influências para monitorizar o comportamento de Rehana e deslocações dela quando saía.
“Foi muito difícil para mim”, diz Rehana. O marido também abusava dela física e mentalmente, deixando-a a sentir-se encurralada, relata Rehana.
A mãe diz que percebeu, em poucos meses, que tinha tomado a decisão errada para a filha, mas a ideia de um divórcio aterrorizava-a devido ao estigma que Rehana enfrentaria.
Mas à medida que se aproximava o aniversário de um ano do casamento, Farida decidiu que já bastava. Não queria mais deixar Rehana sozinha com a família do marido e os papéis do divórcio foram entregues. Os sogros tentaram intimidar Farida, diz a própria, mas estava determinada a garantir a liberdade da filha. “Ficaram muito zangados com isso”, conta Farida. Disseram muitas coisas falsas sobre Rehana e que “ela está em contacto com outra pessoa”, mas Farida explica que, naquele momento, “não se importava com nada”.
Mãe e filha não saíram de casa durante pelo menos uma semana após o divórcio, explicam, para evitar o abuso verbal à medida que os rumores sobre Rehana se espalhavam pela comunidade.
Agora, quase adulta, Rehana terminou o ensino secundário e continua a sua educação. Também montou um pequeno negócio de venda de joias. A mãe diz que o divórcio foi uma decisão que salvou a vida da filha.
“Aprendi muito com a minha filha… Fiz-lhe muitas coisas más”, acrescenta Farida, mas diz que está agradecida por ter conseguido, no final, trazer a filha para casa.
Diana, Zâmbia
“Ele deu-me as coisas que eu pedia. Quando fomos viver juntos, tudo mudou”
“A vida era difícil”, recorda Diana, agora com 19 anos, uma de quatro filhos cujos pais cultivavam milho, soja e amendoim para viver. Diana amava a família, lembra-se de como lutavam para sobreviver – muitas vezes comendo apenas uma refeição por dia.
Então, há três anos, quando tinha 16 e um homem mais velho chamado Jacob começou a prestar-lhe atenção, isso foi um atrativo. “Estava entusiasmada por namorar com ele: tipo, quando eu pedia, ele costumava dar-me”, incluindo dinheiro, conta.
Alguns meses depois, Diana engravidou do então jovem de 20 anos e decidiu mudar-se para casa dele numa aldeia próxima — o que na sua comunidade equivale a casamento —, dizendo aos pais que estava a visitar a tia e depois cessando todo o contacto. “Tinha medo de que, se os meus pais soubessem que estava grávida, me matassem”, conta à CNN.
Segundo a lei da Zâmbia, casamentos com menos de 18 anos são ilegais, mas isso omite uniões informais como a de Diana — as quais, segundo os especialistas, contornam a legislação, tornando-as mais difíceis de abordar.
Diana diz que a sua vida deixou de ser divertida assim que foi viver com Jacob. Ela tinha deixado todos os amigos para trás e estava com muito medo de que os pais descobrissem que estava grávida, caso fosse à escola, e por isso desistiu de estudar. Jacob também temia que os pais dela descobrissem, diz Diana. “Ele tinha medo que o prendessem.”
A adolescente também “começou a ver as coisas a mudar” em Jacob, revela, recordando que ele obrigava-a a fazer todas as tarefas domésticas, bebia álcool em excesso e tornou-se abusivo verbal e fisicamente.
“A forma como vivíamos quando estávamos a namorar” mudou completamente, explica Diana. “Tudo era difícil, ele não estava a trabalhar, então a vida era difícil para nós.”
Aos seis meses de gravidez, Diana diz que estava farta e decidiu voltar para casa — apesar das consequências que podia enfrentar. Nessa manhã, disse a Jacob que ia buscar água e saiu em silêncio, percorrendo oito quilómetros a pé até casa.
Assim que chegou a casa, e visivelmente grávida, Diana explicou tudo aos pais, que no início, diz ela, “ficaram zangados”. “Gritaram comigo.” Mas depois de lhes implorar para lhe perdoarem, ficou aliviada por ser aceite.
Quando a jovem mãe deu à luz, Jacob não estava presente. Com o apoio dos pais, Diana voltou para a escola, onde recebeu uma receção mista. “Alguns dos meus amigos deram-me bons conselhos”, enquanto outros “se riam de mim” e diziam “palavras feias”.
Antes de engravidar, Diana sonhava em ser engenheira. Agora, diz, aceitará “qualquer trabalho” disponível.
Jen, Equador
“Eu era uma criança. Não sabia nada sobre a vida”
A crescer numa área rural do Equador, Jen conheceu o seu parceiro Yan há cinco anos — quando ela tinha 13 anos e ele 20. Ela explica que este tipo de união é comum e geralmente aceite na sua comunidade.
A agora jovem de 18 anos partilha que o homem mais velho tinha sido bondoso e prestava-lhe muita atenção. “Ele estava sempre a dar-me apoio e tínhamos conversas abertas”, conta à CNN, recordando como falavam durante horas sobre as suas vidas. “Ele não era agressivo, era um homem gentil e ainda é assim.”
Jen contava aos amigos sobre Yan, diz ela, mas não aos pais. “Eles não gostavam dele porque ele é mais velho do que eu, foi por isso que só costumava contar aos meus amigos.”
Após dois anos decidiram ir viver juntos, o que na sua comunidade é visto como uma união informal equivalente a casamento.
Em resposta, os pais de Jen “queriam mandá-lo para a cadeia porque eu era menor de idade”. A idade de consentimento sexual no Equador é de 14 anos, enquanto a sua união não seria legalmente reconhecida, já que a idade mínima legal para casar ou viver junto é de 18 anos.
Mas Jen diz que garantiu aos pais que continuaria a estudar “porque essa era a principal preocupação deles” e explica que na sua comunidade há muitas “raparigas de 12 ou 13 anos que também estão a viver com os seus parceiros”. Embora um pai possa opor-se inicialmente, tendem a aceitar, diz Jen à CNN.
Referindo-se a Yan como seu marido, Jen valoriza o seu relacionamento, mas chegou a reconhecer que agiu com muita impulsividade. Quando foi viver com Yan também foi viver com o pai dele e, com apenas 15 anos, Jen viu as responsabilidades domésticas a acumularem-se. Fazia todas as tarefas domésticas, como limpar, lavar a roupa, fazer o pequeno-almoço, e depois ia para a escola. “E quando chegava da escola, começava a cozinhar o jantar para mim e para o meu parceiro – e às vezes também para o meu sogro.”
Agora, Jen pensa que deviam ter ficado “namorados” e não terem ido viver juntos. “Eu era uma criança, foi uma decisão rápida, não sabia nada sobre a vida.”
Aos 17 anos, engravidou. Não era algo que esperava. “Tenho alguns quistos nos ovários, então disseram-me que não conseguiria ter filhos”, diz Jen; como resultado, o casal não usou contracetivos. Na expectativa de serem pais, foram viver com a mãe de Jen.
Jen partilha como antes gostava de atividades escolares como ser líder de claque e fazer parte de uma banda. Antes do casamento informal lembra-se de brincar principalmente com os irmãos e de se divertir: “Não tinha de me preocupar com nada. A minha mãe estava encarregada de tudo”.
Agora, as responsabilidades em casa ocupam a maior parte do tempo da jovem mãe, mas ela conseguiu terminar a escola e espera ir para a universidade no próximo ano. “A minha mãe apoia-me muito.”
Nenhuma opção além do casamento infantil
Os números do UNICEF mostram que todos os anos 12 milhões de raparigas menores de idade em todo o mundo entram em casamentos, incluindo uniões informais, com um relatório de 2025 a revelar que os níveis mais altos estão agora na África Subsariana. Os dados indicam algum progresso nas últimas décadas, havendo menos menos mulheres em todo o mundo a dizerem que se casaram quando era crianças.
Este progresso deve-se principalmente a um declínio significativo no Sul da Ásia, que anteriormente tinha as taxas mais altas. A agência da ONU diz que a queda foi particularmente acentuada na Índia, atribuindo isso em parte a uma abordagem focada na educação das raparigas, gastos governamentais com raparigas e maior consciencialização pública sobre a ilegalidade e os danos do casamento infantil.
Mas vários especialistas dizem à CNN que as histórias de Rehana, Diana e Jen, juntamente com as centenas de outras entrevistadas para o relatório State of the World’s Girls, mostram que a insegurança económica e as oportunidades limitadas para as adolescentes continuam a ser os principais motores do casamento infantil em todo o mundo — e que as proteções legais não estão a ser adequadamente aplicadas para proteger os direitos destas mulheres.
“As rotas para o casamento ou uniões infantis são diferentes”, diz Birchall, da Plan International. “Uma rapariga pode sentir que está a tomar esta decisão com alguma escolha, mas, em última análise, continuamos a ver estas raparigas a entrarem nestes casamentos infantis porque sentem que não têm uma opção melhor.” Birchall acredita que o relatório demonstra que não existe uma forma tradicional de casamento infantil. “É muito mais subtil… se estas raparigas tivessem todas as opções à sua frente, se pudessem aceder totalmente à educação, se tivessem o dinheiro e a disponibilidade para escolher de outra forma, teriam feito isso?”
As razões mais comuns pelas quais as raparigas no estudo dizem que se casaram jovens são as dificuldades económicas, as normas culturais ou a pressão familiar. Entre as raparigas entrevistadas, 25% dizem que não tiveram voz na decisão de se casarem e 35% abandonaram a escola logo após ou devido ao casamento. Entre as raparigas que partilharam a idade dos seus parceiros, quase metade (45%) casou-se com homens mais de cinco anos mais velhos do que elas. O relatório observou que raparigas em vários países citaram dificuldades em torno do acesso a contracetivos e sobre a autonomia na tomada de decisões sobre isso.
Uma em cada 10 raparigas entrevistadas também revelou abuso ou violência por parte do parceiro. Das que relataram tal violência, 85% eram casadas com homens pelo menos cinco anos mais velhos do que elas.
Zaki Wahhaj, professor de economia do desenvolvimento no King’s College London, destaca que os relatos das raparigas entrevistadas pela CNN revelam uma falha dos seus países em proteger estas raparigas. “Jen, Diana e Rehana foram colocadas em situações que envolviam abuso, exploração ou riscos graves para a sua segurança e bem-estar”, diz à CNN. “Todos os três países têm uma idade legal mínima para o casamento, mas estas salvaguardas falharam, contornadas através de uniões informais ou do uso de documentos falsificados. Embora seja encorajador que as famílias das raparigas as tenham apoiado e ajudado a melhorar as suas situações, o apoio familiar nem sempre pode ser assumido.”
Para países com leis de casamento infantil em vigor, os relatórios mostram os desafios que os governos enfrentam na sua aplicação, devido a lacunas nas próprias leis, exceções na idade mínima de casamento e reações adversas da comunidade. É o caso nos três países onde as raparigas com quem a CNN falou estão sediadas – por exemplo, as leis no Equador, no Bangladesh e na Zâmbia não fazem referência direta a uniões informais. No Bangladesh, embora a idade legal para casar seja 18 anos, as lacunas permitem que estes ocorram, como a Lei de Restrição de Casamento Infantil (Child Marriage Restraint Act) de 2017, que permite o casamento infantil com consentimento parental e judicial se for considerado no melhor interesse do menor. As normas culturais em torno da prática e a cumplicidade de funcionários locais também dificultam o progresso, de acordo com o Centro de Direitos Reprodutivos.
Agências governamentais no Bangladesh, no Equador e na Zâmbia não responderam ao pedido de comentário da CNN.
Veronica Kamanga Njikho, conselheira sénior para a proteção infantil na UNICEF, enfatiza que as experiências destas raparigas “refletem uma realidade mais ampla: o casamento infantil aumenta os riscos de violência, vulnerabilidade económica, abandono escolar, gravidez na adolescência e problemas de saúde mental”.
Esta nova investigação, diz ela, ajuda a identificar o que é necessário para melhorar as vidas destas mulheres. “As leis sozinhas não são suficientes. Sem aplicação, responsabilização e mudanças sociais mais amplas, o casamento infantil persiste na prática”, explica. “Nós sabemos o que funciona: manter as raparigas na escola, apoiar as famílias economicamente, aplicar leis que proíbem o casamento infantil e trabalhar com as comunidades para mudar as normas sociais prejudiciais.”
CRÉDITOS
Comissária editorial
Meera Senthilingam
Editora de Texto
Hannah Strange
Editora de Dados
Carlotta Dotto
Repórteres
Sashikala VP, Carlotta Dotto
Ilustradora
Petra Eriksson