A atriz Olivia Munn em 2018
A atriz Olivia Munn não tinha sinais de cancro da mama, nem sequer nas suas mamografias. Uma avaliação rápida do risco ao longo da vida levou a um diagnóstico de cancro da mama em estádio 1, aos 43 anos. Nunca se é “demasiado precavido” quando se trata de rastreios, diz a atriz.
Ao longo da vida, a atriz Olivia Munn fez tudo o que estava ao seu alcance para ser proativa na deteção do cancro da mama.
As suas mamografias, ecografias e testes genéticos para mutações associadas ao cancro deram todos resultados negativos, conta o Business Insider.
Certo dia, a sua ginecologista em Beverly Hills, Thaïs Aliabadi, fez-lhe apenas uma pergunta: sabia qual era o seu resultado na avaliação do risco ao longo da vida?
A atriz de 45 anos, que interpretou “Sloan Sabbith” em The Newsroom e “Psylocke” em X-Men: Apocalypse, decidiu então realizar um teste de 2 minutos que avalia fatores de risco como histórico familiar e data da primeira menstruação. Descobriu que tinha 37% de risco de desenvolver cancro da mama.
Munn decidiu fazer uma ressonância magnética, uma ferramenta de rastreio mais eficaz para mulheres com maior densidade mamária, como ela.
“Lembro-me de a radiologista ter dito porque é que está aqui? É demasiado jovem para fazer uma ressonância magnética’”, contou recentemente Munn no podcast SHE MD com Aliabadi. “A médica ficou surpreendida por eu saber qual era a minha avaliação do risco ao longo da vida”, recorda a atriz.
Os resultados da ressonância não foram simpáticos. Com 43 anos, Munn foi diagnosticada com cancro da mama em estádio 1, e teve que ser submetida a uma mastectomia dupla.
A mesma avaliação levou a que a sua mãe, Kim Munn, fosse também diagnosticada e tratada por cancro da mama em estádio 1, em julho de 2025.
A experiência ensinou a Munn que nunca se é “demasiado precavido” quando se trata de rastreios de cancro. “O cancro quer que estejamos ocupados demais“, disse.
“Queremos detetar o cancro quando ainda está no nosso quintal. Não queremos detetá-lo à porta de casa… e definitivamente não queremos esperar até que esteja metido na nossa cama”, alerta a atriz.
Faça o teste rápido se tiver mais de 25 anos
Há alguns modelos diferentes de avaliação do risco de cancro da mama ao longo da vida, e todos demoram apenas alguns minutos a completar.
O modelo Gail faz oito perguntas básicas, incluindo a idade e histórico familiar da paciente. O modelo Tyrer-Cuzick é um pouco mais detalhado, com questões sobre histórico de cancro do ovário ou uso de terapêutica hormonal de substituição.
Em 2023, o American College of Radiology reduziu a idade recomendada para o rastreio do risco ao longo da vida para 25 anos ou mais.
Em Portugal, onde uma em cada oito mulheres corre risco de cancro de mama, a idade do rastreio foi alargada em outubro do ano passado a todas as mulheres a partir dos 45 anos.
“O rastreio do cancro da mama não é um rastreio de prevenção da doença. É o que chamamos um rastreio secundário do diagnóstico mais precoce possível da doença, porque nós queremos tratar as mulheres que infelizmente venham a sofrer de cancro da mama o mais precocemente possível”, salientou na altura a a secretária de Estado da Saúde, Ana Povo.
“É preciso vigiar o risco de cancro da mama da mesma forma que se sabe qual é a pressão arterial ou o nível de açúcar no sangue“, alerta Olivia Munn. “É algo completamente normal”.