O Instituto Mais Liberdade divulgou o Ranking de Competitividade Municipal 2025, um índice que compara a atratividade e qualidade de serviços e infraestruturas dos 186 municípios portugueses com mais de dez mil habitantes. O concelho mais bem colocado do Minho é Braga (12º) , seguido de longe por Famalicão (33º). Os grandes concelhos minhotos restantes aparecem abaixo dos 50 primeiros: Viana do Castelo (51º), Guimarães (59º), Barcelos (70º). A nível nacional, Lisboa é o município mais competitivo, seguido de Oeiras e do Porto. 



O Instituto Mais Liberdade divulgou o Ranking de Competitividade Municipal 2025, um estudo que compara a capacidade de atração de 186 concelhos portugueses com mais de dez mil habitantes. O trabalho parte de vários indicadores organizados em onze dimensões: rendimentos familiares; capital humano; capital produtivo; saúde; educação; habitação; cultura e entretenimento; proteção e justiça; serviços essenciais e ferrovia; fiscalidade e endividamento autárquico; e competitividade envolvente, que mede a influência do dinamismo de municípios vizinhos. 

Braga destacou-se no Capital Humano (7º), refletindo, porventura, a presença de instituições de ensino superior, principalmente da Universidade do Minho que acaba por contribuir para uma maior percentagem da população com formação superior. A outra dimensão em que Braga surge bem classificado é na Proteção e Justiça (15º). Nas dimensões Rendimento das Famílias (37º), Capital Produtivo (21º) e Saúde (32º) o Município de Braga aparece ainda bem posicionado. É ao nível da Fiscalidade e Endividamento Autárquico que a radiografia de Braga é pior (127º).

Famalicão é o segundo concelho do Minho neste ranking, onde aparece no 33º lugar. O concelho destaca-se ao nível da Proteção e Justiça (12º) e na Educação (46º) e na Competitividade Envolvente (50º) também surge bem posicionado, beneficiando, nesta última dimensão, da proximidade de Braga. 

Esposende é o outro concelho minhoto entre os 50 primeiros, na 40ª posição. O concelho destaca-se pelo Capital Humano (17º) e na dimensão Fiscalidade e Endividamento Autárquico (18º) e apresenta ainda um resultado razoável ao nível da Educação (49º). O Município está muito mal classificado na categoria Serviços Essenciais e Ferrovia, onde aparece quase no fim da tabela, em 172º lugar.

Viana do Castelo falha os 50 primeiros por uma posição. A capital do Alto Minho surge em 51º lugar e, embora não tenha categorias em que fica muito bem posicionado, também não fica muito mal pontuado em nenhuma. Destacam-se pela positiva a Saúde (23º) e a Educação (50º) e sobressai pela negativa a Fiscalidade e o Endividamento (149º). No Alto Minho, destaque para as boas classificações de Monção – Habitação (3º), Cultura e Entretenimento (7º), Educação (12º) – ensombrado depois pelo Rendimento das Famílias (169º), acaba por resultar no 125º lugar na classificação geral.

Guimarães aparece na 69ª posição, obtendo a melhor classificação na categoria de Proteção e Segurança (13º), a única em que fica entre os 20 municípios mais bem pontuados. Conhecido pelo investimento no setor da cultura (foi Capital Europeia da Cultura em 2012) o Município de Guimarães surge, neste índice, na 112ª posição, na categoria Cultura e Entretenimento. A outra dimensão em que Guimarães aparece mais bem posicionado é o Capital Produtivo, refletindo a dimensão do seu parque industrial, onde se encontram várias grandes empresas. A baixa formação da sua população tem sido um problema de Guimarães que se reflete aqui na 113ª posição em Capital Humano. A categoria em que o concelho apresenta a pior performance é a Fiscalidade e o Endividamento (119º).

Barcelos ocupa a 70ª posição no ranking, com uma prestação honrosa na área da Educação (18º), em classificações menos interessantes nas categorias Cultura e Entertenimento (147º) e Saúde (129º). O Rendimento das Famílias também está maç classificado em Barcelos (121º) e os Serviços Essenciais e Ferrovia (117º) também contribuem para baixar a classificação geral do concelho. No distrito de Braga, merecem destaque pela positiva os municípios de Amares(9º), Póvoa de Lanhoso (16º) e Cabeceiras de Basto (10º) pela bom posicionamento ao nível da Fiscalidade e Endividamento. Boas classificações na dimensão Habitação, parecem ser em alguns casos um simples reflexo da interioridade que torna certos territórios menos atrativos: casos como Cabeceiras de Basto (14º) e Celorico de Basto (12º). Estes resultados na categoria Habitação têm paralelo no Alto Minho: Monção (3º), Ponte da Barca (11º), mas também Caminha (18º), neste último caso, um concelho litoral.

A Habitação é categoria mais mal pontuada entre os líderes

O Município que lidera o índice, Lisboa, ocupa a primeira posição em três categorias: Capital Humano, Capital Produtivo e Cultura e Entretenimento. A capital ocupa o último lugar na categoria Habitação e também surge mal posicionada na Fiscalidade e Endividamento. Oeiras, o município que aparece em segundo lugar na classificação geral, é líder em Rendimentos das Famílias e em Segurança e Justiça e aparece em segundo lugar no Capital Humano e no Capital Produtivo. Tal como em Lisboa, em Oeiras a dimensão Habitação aparece mal pontuada refletindo o elevado preço das rendas e das casas.

O Porto, alcança a 3ª posição no ranking sem ser primeiro classificado em nenhuma das categorias, mas penalizando menos naquelas onde não está tão bem. Dois segundos lugares, é o melhor que a Invicta alcança, em Cultura e Entertenimento e em Saúde, a que soma um 3º lugar em Capital Produtivo. Onde o Porto pontua pior é na Habitação (169º), apesar de tudo, 17 lugares acima de Lisboa.

Há cinco municípios minhotos próximos do fim da tabela

No fundo da classificação geral do ranking surgem Moura (186º), Valpaços (185º) e  Ponte da Barca (184º). O Minho tem ainda mais cinco municípios próximos do fim da lista: Fafe (154º), Cabeceiras de Basto (169º),  Arcos de Valdevez (175º), Vieira do Minho (180º) e Celorico de Basto (181º).