Mosquito Aedes aegypti, que é o transmissor de todas as arboviroses que atualmente circulam no país, como a Dengue. | Foto: Wikimedia Commons

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Um grupo formado por 52 pesquisadores de oito países — África do Sul, Alemanha, Arábia Saudita, Brasil, Espanha, Estados Unidos, Itália e Reino Unido — trabalhou ao longo de 2025 no desenvolvimento de modelos preditivos de dengue para todos os estados brasileiros. O objetivo é aprimorar as previsões de epidemias da doença no país em 2026.

A iniciativa fez parte do Sprint, um esforço internacional de pesquisa que resultou em um modelo coletivo (ensemble model) capaz de reunir e comparar as principais projeções elaboradas pelas equipes participantes. A abordagem, considerada inovadora na área de ciência de dados aplicada à saúde, tem potencial para aumentar a precisão das previsões e orientar decisões estratégicas do Ministério da Saúde e de gestores públicos.

Apresentação dos resultados

Os resultados do Sprint serão apresentados no webinário “2nd InfoDengue–Mosqlimate Dengue Challenge (IMDC) – Results and forecasts for 2026”, que será realizado em 15 de outubro de 2025, das 10h às 12h (horário de Brasília – GMT-3). O evento, em inglês, é promovido pela equipe Mosqlimate, e as inscrições permanecem abertas até o dia do encontro.

O InfoDengue–Mosqlimate Dengue Challenge (IMDC) é um desafio internacional criado em 2024 pelos projetos InfoDengue e Mosqlimate, com apoio da Fiocruz, da Fundação Getulio Vargas (FGV) e de instituições parceiras. A ação também conta com o suporte da The Global Health Network Latin America and the Caribbean (TGHN LAC) e do Programa de Computação Científica da Fiocruz (PROCC), vinculado à Vice-presidência de Comunicação, Informação e Educação da instituição.

O objetivo principal do IMDC é integrar dados epidemiológicos, demográficos e climáticos para aprimorar as previsões de epidemias de dengue e subsidiar políticas públicas de saúde.

Participação internacional

No Sprint, 15 equipes de pesquisa apresentaram 19 modelos diferentes de previsão de casos de dengue no Brasil. As instituições brasileiras envolvidas foram: Fiocruz, Fundação Getulio Vargas (FGV), Instituto de Matemática Pura e Aplicada (IMPA-Tech), Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) e Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).

Entre os centros de pesquisa internacionais, participaram o Centro para Resposta e Inovação em Epidemias (CERI), da África do Sul; o Instituto Robert Koch, da Alemanha; a Universidade de Ciência e Tecnologia Rei Abdullah (KAUST), da Arábia Saudita; o Centro de Supercomputação de Barcelona (BSC), da Espanha; as Universidades Cornell e Estadual de Oklahoma (OSU), dos Estados Unidos; o Instituto para o Intercâmbio Científico (ISI), da Itália; e o Imperial College London (ICL), do Reino Unido.

Além da apresentação de 15 de outubro, o InfoDengue e o Mosqlimate promovem, no dia 31 de outubro de 2025, o webinário “Preparação para a temporada de dengue 2026: perspectivas de modelos preditivos”, que abordará as projeções finais do modelo coletivo.

Serviço

Data: 15 de outubro de 2025
Horário: 10h às 12h (horário de Brasília – GMT-3)
Evento online, em inglês
Inscrições: sprint.mosqlimate.org

Palestrantes convidados:

Flavio Codeço Coelho: Professor da Escola de Matemática Aplicada da FGV e pesquisador em modelagem de epidemias e análise de dados complexos.

Eduardo Araújo: Pesquisador em formação pela FGV, com experiência em modelagem matemática de doenças infecciosas.

Fabiana Ganem: Pesquisadora da FGV, especializada em análise de dados epidemiológicos e modelagem preditiva em saúde.

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