Esses resultados sugerem que os profissionais de saúde devem considerar a realização de testes para detectar a perda do olfato como parte da rotina de cuidados pós-covid. Leora Horwitz

Especialistas de diferentes instituições de ensino dos EUA estiveram envolvidos na pesquisa. O estudo, publicado na revista científica JAMA Network Open, foi liderado pela iniciativa RECOVER dos Institutos Nacionais de Saúde e apoiada pelo Núcleo de Ciências Clínicas da NYU Langone Health, da faculdade de medicina da Universidade de Nova York.

Como o estudo foi feito

Diferente de pesquisas anteriores, que se baseavam nas avaliações dos próprios pacientes sobre sua capacidade olfativa, a nova pesquisa utilizou testes clínicos formais. Embora tenha analisado o olfato, o estudo não avaliou diretamente a perda do paladar, que frequentemente acompanha a perda da capacidade de sentir cheiros.

O novo estudo avaliou 3.535 pacientes, entre homens e mulheres. Ao longo da pesquisa, pessoas com e sem histórico de covid-19 responderam a questionários sobre seus sintomas a cada 90 dias, de outubro de 2021 a junho de 2025. De acordo com o comunicado oficial, este é o levantamento mais amplo a analisar a perda do olfato após a infecção utilizando testes formais em todo o mundo.

Para medir a função olfativa, a equipe utilizou uma ferramenta clínica chamada Teste de Identificação de Odores da Universidade da Pensilvânia (UPSIT, na sigla em inglês). Nessa avaliação, considerada o padrão ouro neste tipo de pesquisa, os participantes tiveram que identificar 40 aromas, selecionando a opção de múltipla escolha correta para cada odor detectado. Uma resposta correta valia um ponto, e a pontuação total do UPSIT foi comparada com um banco de dados de milhares de voluntários saudáveis.