Um centro de dados para Inteligência Artificial (IA) da Meta está a levantar queixas dos residentes da comunidade próxima, que temem que a água chegue às suas casas poluída.

Parte de uma tendência mais ampla que se tem verificado em todo o setor tecnológico, a Meta está a construir um centro de dados para a IA com 370.000 metros quadrados.

De facto, o crescimento da tecnologia exige novas infraestruturas, que sejam capazes de fornecer o suporte necessário ao exigente avanço.

Normalmente, as empresas procuram erguer as suas infraestruturas em áreas pouco habitadas e onde o solo é mais barato, por forma a enfrentar poucas regulamentações e estar sujeitas a preços mais baixos.

No entanto, conforme está a ser reportado, as pessoas que vivem nessas áreas menos povoadas parecem sentir os efeitos dos centros, considerando são privadas de recursos importantes.

Segundo elEconomista.es, com a construção de um centro de dados para a IA, numa comunidade agrícola rural de Louisiana, mais de 20.000 pessoas “têm medo de beber” a água que sai das torneiras das suas casas.

@moreperfectunion This is what it’s like living 400 yards from Meta’s massive data center #workersrights #corporategreed #meta ♬ original sound – More Perfect Union

Centros de dados provocam medo relativamente à água

Este medo surge de um precedente: em 2018, os residentes da Geórgia denunciaram que vários dos seus eletrodomésticos que utilizavam água deixaram de funcionar devido à acumulação de sedimentos na água.

Na altura, a Meta defendeu-se, garantindo que os seus centros tiveram “impactos positivos” nas comunidades e economias locais. Contudo, os residentes próximos afirmaram que, “às vezes, a água fica tão castanha que parece que vem de um riacho”, segundo um deles, em declarações à revista People.

Neste caso, em Louisiana, a gigante tecnológica argumenta que as suas instalações utilizam uma “tecnologia de refrigeração que é significativamente mais eficiente na utilização da água do que o padrão do setor” e reutiliza a mesma água várias vezes.

A empresa afirmou, também, que utiliza a mesma quantidade de “energia limpa e renovável” que a eletricidade que consome, e prevê restaurar mais água do que a consumida pelas suas instalações até 2030.