Um desfecho inesperado encerra uma das batalhas legais mais mediáticas de Hollywood. Quase um ano depois de ter acusado Blake Lively de difamação, Justin Baldoni optou por não recorrer da decisão que, em junho, rejeitou o seu processo contra a atriz e o “New York Times”. O prazo para apresentar o recurso terminou sem qualquer movimento por parte do realizador de “Isto não acaba aqui”.

A ação, que pedia uma indemnização de 400 milhões de dólares (372 milhões de euros), alegava que Lively e o jornal tinham prejudicado a reputação de Baldoni ao divulgar acusações de assédio sexual durante as filmagens do filme.

A desistência, contudo, não põe fim ao conflito entre os dois. O processo que a atriz moveu contra o realizador, acusando-o de conduta imprópria e retaliação, continua ativo e deverá chegar a tribunal em março de 2026.

Acusações de manipulação de provas

A decisão de Justin Baldoni surge poucos dias depois de os advogados de Blake Lively terem apresentado novos documentos no tribunal. Neles, acusam o realizador e a sua equipa de Wayfarer Studios de ocultar provas relevantes no processo, recorrendo a “truques digitais” e à destruição de mensagens.

“A defesa escondeu elementos críticos em várias fases da investigação, quer omitindo documentos, quer alegando falsamente segredo profissional entre advogado e cliente”, lê-se nas declarações dos representantes da atriz.

Entre os visados, além de Baldoni, estão também colaboradores próximos da produtora e profissionais de comunicação que, alegadamente, terão participado numa campanha de descredibilização de Blake Lively.

O realizador, de 52 anos, não comentou publicamente a decisão de deixar expirar o prazo de recurso, nem respondeu às novas acusações. A defesa da atriz, por seu lado, já solicitou que Baldoni pague as despesas legais da ação agora encerrada.

Com o julgamento por assédio marcado para o próximo ano, a disputa entre os dois promete ainda vários capítulos, mesmo depois de Baldoni ter baixado as armas no primeiro embate.