A endocrinologista Graça Vargas vai sair em liberdade, mediante uma caução de 500 mil euros a apresentar em 30 dias, decidiu esta quinta-feira o Juízo de Instrução Criminal do Porto.

De acordo com o despacho das medidas de coação a que o Observador teve acesso, a médica suspeita de lesar o Estado em mais de três milhões de euros com a prescrição de medicamentos para diabéticos (como o Ozempic) a clientes não diabéticos com fins estéticos ficou ainda sujeita às seguintes medidas de coação: proibição de se ausentar para o estrangeiro sem autorização, suspensão de funções da atividade profissional e proibição de frequentar a clínica E’Sensia, na qual exercia funções.

Graça Vargas ficou também proibida de contactar com os restantes arguidos do caso — que incluem o companheiro, e outra médica da clínica, além da empresa que detinha com o companheiro —, bem como testemunhas identificadas no processo do DIAP Regional do Porto e utentes não diabéticos a quem tenha prescrito medicação para a diabetes.