O Vitesse, clube histórico e segundo mais antigo dos Países Baixos, assumiu sexta-feira a derrota judicial que exclui o emblema de Arnhem das competições profissionais neerlandesas.

Endividado, o Vitesse viu rejeitado o recurso interposto no Tribunal de Midden-Nederland, referente à decisão do comité independente de apelações de licenciamento da KNVB (Real Federação Holandesa de Futebol), perdendo a licença profissional que o impede de disputar, pela segunda época consecutiva, o segundo escalão.

O Vitesse anunciara há um ano a entrada de investidores na tentativa de evitar a falência, acabando por não conseguir liquidar uma dívida de 19 milhões de euros, e que em 2023/24 lhe custou a perda de 18 pontos e a primeira despromoção no histórico da Eredivisie.

Em comunicado, o Vitesse assume que o futuro é incerto e que estão a ser estudadas as opções enquanto a direcção continua a negociar com as partes interessadas para garantir a continuidade do futebol em Arnhem.

“Fizemos tudo o que podíamos para atender às condições estabelecidas, em colaboração com os investidores e outras partes interessadas. O facto de isso ter sido considerado insuficiente é doloroso… especialmente para os nossos adeptos, funcionários e para a cidade de Arnhem”, declarou Michel Schaay, presidente do Vitesse.

O Tribunal justificou a decisão com “falta de documentação” para renovar a inscrição nas competições profissionais do segundo clube mais antigo dos Países Baixos, fundado em 1892, depois do Sparta Roterdão (1888), e vencedor da Taça (2019) e da II Liga (1976/77 e 1988/89).

Emblemas como o Ajax, Cambuur, Willem II, Roda e Groningen publicaram nos respectivos canais oficiais mensagens de solidariedade.

A exclusão do Vitesse deixa a II Liga reduzida a 19 equipas, com o calendário a ditar folga do adversário que defrontaria o Vitesse.