O café é uma das bebidas mais populares do Brasil e do mundo, mas seus benefícios vão muito além da maior energia e disposição. Diversos estudos já evidenciaram os efeitos positivos da cafeína para o organismo e, agora, um novo estudo mostrou que tomar de três a cinco xícaras de café por dia pode reduzir o risco de morte e de doenças como diabetes tipo 2 e cardiovasculares.

No trabalho, publicado no início de agosto na revista Nutrients, os pesquisadores buscaram entender como o café afeta diferentes aspectos da saúde e do bem-estar, além da sua relação com doenças crônicas e risco de mortalidade. Para isso, eles analisaram diversos estudos publicados anteriormente sobre o consumo de café e seus efeitos na saúde.

Segundo a análise, beber de três a cinco xícaras de café por dia pode diminuir o risco de doenças cardiovasculares em cerca de 15%. As evidências também sustentam que o café não aumenta o risco de câncer e pode reduzir as chances de desenvolver certos tipos de tumores, como câncer de endométrio.

Outro ponto observado pela análise é a redução no risco de diabetes tipo 2, o que pode estar relacionado tanto ao café descafeinado quanto ao café comum.

Em entrevista ao Medical News Today, veículo especializado em notícias de saúde, Farin Kamangar, autor do estudo, afirma que: “Os resultados de várias décadas de pesquisas de alta qualidade com milhões de pessoas mostram que o café é benéfico para a saúde em geral. O consumo moderado de café, normalmente de três a cinco xícaras por dia, está associado ao aumento da longevidade e à redução dos riscos de muitas doenças graves, incluindo doenças cardíacas, derrame, diabetes tipo 2, doenças respiratórias e declínio cognitivo.”

Entre outros achados do estudo, estão os benefícios do café para a maior disposição para atividade física, aumento da oxidação de gordura, melhora da função pulmonar, redução da inflamação e melhora da clareza mental.

Embora o café tenha muitos benefícios potenciais, o estudo enfatiza que é importante consumir com moderação. Beber café em excesso pode ter efeitos negativos, como insônia ou aumento da ansiedade. Além disso, os efeitos podem variar de pessoa para pessoa, dependendo de fatores como genética e hábitos de vida.