Caso aconteceu em Castelo Branco em agosto e foi revelado agora. Mãe alega que lhe foi negado atendimento
A Unidade Local de Saúde (ULS) de Castelo Branco abriu um inquérito à morte de um bebé de 11 meses horas após ter tido alta clínica do Hospital Amato Lusitano.
“Confirma-se (…) que, no dia 22 de agosto, a criança foi observada no Serviço de Atendimento Complementar (SAC) de Idanha-a-Nova, tendo sido encaminhada para a Urgência Pediátrica do Hospital Amato Lusitano, onde teve alta clínica. Mais tarde, nesse mesmo dia, regressou ao SAC de Idanha-a-Nova, com agravamento do seu estado clínico, não tendo sido possível evitar o desfecho”, pode ler-se num comunicado emitido pela ULS de Castelo Branco.
O caso foi avançado pela TV Record Europa. De acordo com a mãe do bebé, que falou com o canal, a família dirigiu-se com a criança ao centro de saúde de Idanha-a-Nova ao início do dia 22 de agosto, após o início dos sintomas, e de lá foi reencaminhada para o Hospital Amato Lusitano, em Castelo Branco.
A criança retornou a casa e foram-lhe administrados os medicamentos receitados em Castelo Branco, mas o seu estado de saúde piorou. O bebé retornou ao centro de saúde de Idanha-a-Nova, onde a mãe alega que foi negado o atendimento por estar perto da hora de fecho, tendo sido chamado o 112 para levar o bebé de volta para Castelo Branco.
O Ministério da Saúde também se pronunciou sobre o caso. “O Centro de Orientação de Doentes Urgentes (CODU) do INEM recebeu uma chamada às 19h01 do dia 22 de agosto de 2025, proveniente do Centro de Saúde de Idanha-a-Nova. Nesta chamada, a médica daquela unidade de saúde pediu apoio do CODU para um bebé de 11 meses que estaria em situação de paragem cardiorrespiratória”, pode ler-se na nota.
“De imediato, o CODU procedeu à ativação de um meio de suporte avançado de vida (SAV), no caso concreto a Viatura Médica de Emergência e Reanimação (VMER) de Castelo Branco. Posteriormente procedeu ainda à mobilização de uma ambulância dos Bombeiros Voluntários de Idanha-a-Nova e de uma Unidade Móvel de Intervenção Psicológica de Emergência (UMIPE). O INEM, através dos profissionais do CODU, e dos profissionais dos diversos meios mobilizados para a ocorrência, prestaram todo o apoio adequado à situação, de forma atempada. Apesar de todos os esforços, o bebé não recuperou da situação de PCR”, diz o Ministério.