Suspeito e vítima conheceram-se nas redes sociais e foi pela Internet que durante cerca de três anos desenvolveram uma relação afetiva. Desde 2022, a mulher de 65 anos transferiu mais de 250 mil euros para o homem que julgava ser um “artista conhecido”. Afinal, era um burlão de 45 anos que foi detido em flagrante pela Polícia Judiciária no Aeroporto Francisco Sá Carneiro, na Maia.

Através da conhecida “Burla do Amor”, o detido fez-se passar pelo conhecido cantor Zé Amaro para iniciar as conversas e desenvolver uma relação de confiança com a vítima. Ao longo do tempo em que duraram as trocas de mensagens, a mulher enviou dinheiro através de transferências bancárias, comprou cartões de criptomoedas e até entregou dinheiro, pessoalmente, a um alegado representante do artista.

A dada altura, a mulher começou a desconfiar e acabou por alertar as autoridades. Após investigação, a PJ percebeu o que estaria em causa e intercetou e deteve o suspeito quando este tinha acabado de chegar ao Porto, vindo de França, para receber mais mais 25 mil euros da vítima. O homem é suspeito da prática de crimes de burla qualificada, branqueamento e associação criminosa. “No decurso da detenção foram apreendidos diversos equipamentos telefónicos, bem como outros elementos de prova relevantes”.

O detido vai ser presente à autoridade judiciária competente para primeiro interrogatório e aplicação das medidas de coação tidas por adequadas.

O cantor Zé Amaro

Zé Amaro considera-se “pioneiro” do Country em Portugal e soma centenas de milhares de seguidores nas redes sociais. O artista iniciou recentemente a tour “Cowboy Português” que passou não só por dezenas de localidades portuguesas, mas também por Sydney, Toulouse e Genebra. No mês passado, lançou a canção “Ficar Óai” com os D.A.M.A.

A PJ alerta as pessoas para duvidarem de utilizadores das redes sociais que depois de conseguirem a confiança, começam a pedir dinheiro, presentes e dados das contas bancárias. “Se não mandar dinheiro podem tentar a chantagem. Se mandar, vão pedir mais”. Se for vítima de um ataque destes, a PJ lembra que não deve ter vergonha e, além de parar “de imediato” os contactos, deve guardar as mensagens trocadas e fazer queixa às autoridades.

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